O Perfume

MSG 292 = 30/5/2016

“... indignaram-se os discípulos e disseram: Para que este desperdício? Pois este perfume podia ser vendido por muito dinheiro e dar-se aos pobres. ” (Mt. 26:8-9).

Julgar as coisas premeditadamente é uma imprudência que leva a muitos enganos, e demonstra fragilidade em nosso caráter. Esse foi o motivo pelo qual Jesus nos advertiu a não julgar pelas aparências, mas segundo a reta justiça, ou seja, levando em conta o legítimo direito de cada um perante Deus (Jo. 7: 24). Reconhecido como mestre entre os judeus, Jesus tinha decidia as coisas conforme aprouvesse a sua vontade. Além do mais, os milagres que aconteciam através dele, testificavam de sua superioridade entre os demais homens. Portanto, era muito arriscado fazer qualquer julgamento a respeito de suas decisões, mesmo que parecessem estar em contradição com os princípios religiosos da época. Na verdade, seus discípulos eram usados como protagonistas para a composição de fatos vindos dos planos de Deus, no sentido de realizar coisas que hoje tomamos como revelação divina para nosso aprendizado.

Os versículos acima transcritos relatam a atitude de julgamento indevido daqueles que estavam com o Senhor no momento em que, reunidos na casa de Simão, uma mulher o ungiu com perfume. Ao julgar premeditadamente, eles consideraram erro o fato Jesus aceitar ser ungido com aquele precioso bálsamo, que, se fosse vendido poderia render uma boa soma de dinheiro para ajudar aos pobres. No entanto não sabiam que aquela unção viria a ser considerada como preparação do corpo do Senhor para a sepultura (Mc. 14: 8). Outro motivo alegado era o fato de Jesus, como profeta, aceitar ser ungido por uma mulher vista como pecadora (Lc. 7: 37 e 39). Nesse ponto de vista deixaram de considerar que Jesus tinha o caráter de Deus, mediante o qual as pessoas são julgadas individualmente segundo as obras que praticam, e apesar de suas falhas, aquela mulher estava praticando uma boa ação (Mt. 26: 10).

Todos os que estavam com Jesus naquele momento deveriam conhecer os pontos importantes das revelações divinas. Se assim o fizessem eles não teriam criticado a Jesus precipitadamente, pois a cerca de 650 anos atrás Deus já havia ensinado que Ele nos julga segundo as obras de cada um. Veja o texto:

“Eu, o SENHOR, esquadrinho o coração, eu provo os pensamentos; e isto para dar a cada um segundo o seu proceder, segundo o fruto das suas ações” (Jr. 17: 10).

Jesus não olhou para os pecados daquela mulher; mas para a obra que ela estava fazendo, quando derramou sobre ele o precioso perfume, e usando os próprios cabelos enxugou seus pés com lágrimas nos olhos (Lc. 7: 38).

Normalmente nossas imperfeições nos levam a esquecer das leis de Deus, e julgar as outras pessoas de forma injusta. Isso acontece quando nos deixamos levar pela ganância e pela acomodação em praticar os mandamentos do Senhor (Jr. 17: 11).

Amigo, nunca julgue pelas aparências. O caminho mais seguro de avaliarmos as coisas é considerá-las de acordo com o que nos ensina a Palavra de Deus, pois o Senhor vê o que está no coração de cada pessoa. Veja o texto: “ ... porque o SENHOR não vê como vê o homem. O homem vê o exterior, porém o SENHOR, o coração. ” (I Sm. 16: 7).

Que o Deus a quem servimos te abençoe poderosamente.