Mensagem

O perdão

MSG 057 – 30/1/2008

   

   “Então, Pedro, aproximando-se, lhe perguntou: Senhor, até quantas vezes meu irmão pecará contra mim, que eu lhe perdoe? Até sete vezes? Respondeu-lhe Jesus: Não te digo que até sete vezes, mas até setenta vezes sete. ”(Mt. 18:21-22).

       O perdão é, talvez, o mandamento mais difícil de ser praticado, pois ele fere diretamente o orgulho humano, e exige atitude de humildade. Quanto mais importante for nossa posição perante os homens, mas difícil se torna a liberação do perdão para alguém que nos feriu. 

       Mas por outro lado é também a atitude mais valiosa para nossa edificação perante a justiça divina, já ele é a base do cristianismo. O sacrifício do Senhor na cruz do calvário teve como objetivo principal estabelecer condições para nos conduzir ao perdão de Deus. Entretanto, para receber desse benefício é necessário perdoar primeiro.

       Portanto, a partir do momento que conhecemos a importância de obter o perdão, logo percebemos o quanto é necessário praticá-lo. Ele equivale a uma moeda de troca difícil de ser obtida, e somente as pessoas de espírito nobre o possuem. As de espírito menos receptivos jamais conseguem aceitar o fato de perdoar alguém que lhe ofendeu, pois o orgulho fala mais alto em seu coração. Mesmo sabendo que esse sentimento é abominável diante de Deus (Veja I Sm. 2: 3), elas não reúnem forças para liberar o perdão. 

       A dificuldade em perdoar é um resquício do passado que nos conduz ao erro de ficar ansiosos para pagar o mal por mal (Veja Rm. 12: 17). Ela foi tolerada por Deus no tempo da lei de Moisés (Veja Mt. 5: 38), porque nosso conhecimento da vontade do Senhor era muito inferior ao que temos hoje. Mas a partir das revelações divinas que nos foram dadas por Jesus, o perdão passou a ser uma condição exigida para aqueles que almejam a salvação (Veja Mt. 5: 20 e 5: 39).

       Por isso, se somos cristãos e ainda não temos forças para perdoar aos que nos ofendem, devemos buscar o poder de Deus para fazê-lo, ainda que a razão fale em contrário ao nosso coração.

       A prática desse mandamento nos fortalece diante de Deus, e gera grandes benefícios antes e depois da morte. As Escrituras mostram que o princípio mais eficaz de conseguirmos vencer a nós mesmos é a obediência àquilo que Jesus nos mandou fazer. Portanto, ainda que nosso coração rejeite liberar o perdão, devemos dar inicio à essa prática por obediência à Palavra de Deus. Se assim o fizermos, certamente estaremos muito mais próximos do Senhor. Lembra o que aconteceu com Pedro? Ele havia pescado a noite toda, sem apanhar nenhum peixe. Mas Jesus o mandou lançar novamente as redes. Veja o texto da resposta: 

       “Respondeu-lhe Simão: Mestre, havendo trabalhado toda a noite, nada apanhamos, mas sob a tua palavra lançarei as redes.Isto fazendo, apanharam grande quantidade de peixes;....” (Lc. 5: 5-6).


       Pedro tinha a convicção de que não havia possibilidade de apanhar peixes. Mas por obedecer a Palavra de Jesus, o milagre aconteceu. Assim somos nós nos dias atuais. Ainda que julguemos não haver possibilidade de liberar o perdão a quem nos ofendeu, devemos tomar uma atitude semelhante à de Pedro: PARTIR PARA A AÇÃO EM OBEDIENCIA À PALAVRA DE JESUS. Muitas vezes necessitamos negar a nós mesmos para seguir ao Senhor (Veja Mc. 8: 34).

                Que o Senhor te abençoe e te guarde.