Mensagem

O maior mandamento

MSG 508 - 14/9/2016

   "Amarás, pois, ao Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento, e de todas as tuas forças; .... ... Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Não há outro mandamento maior do que estes.” (Mc. 12: 30-31).   

       Aos olhos de Deus o conceito de amor é visto como a expressão de sentimentos nobres que usamos para com Ele ou com nossos semelhantes. Mas Jesus profetizou que nos últimos tempos, mesmo sendo a força maior, o amor haveria de diminuir drasticamente no coração das pessoas, ofuscado pelo aumento da iniquidade (Mt. 24: 12). Esse é um dos sinais que são vistos claramente hoje, e que vai dificultando cada vez mais a prática do mandamento considerado o mais importante de todos.

       Os versículos acima reproduzem a resposta do Senhor a um mestre da lei que o indagou sobre qual seria o maior de todos os mandamentos. O texto afirma que é amar a Deus sobre todas as coisas. Mas Jesus enfatizou também que amar ao próximo como a nós mesmos é um segundo mandamento a ser praticado como complemento do primeiro, e que desses dois mandamentos dependem a lei e os profetas (Mt. 22: 37 a 40). Por tradição, os judeus tinham pleno conhecimento do primeiro, mas o segundo não lhes era muito comum. Isso provocou uma dúvida no interlocutor, sobre quem deveria ser considerado o nosso próximo.

       Para dar explicação dessa dúvida, Jesus descreveu um acontecimento hipotético, mostrando em que situação alguém deve ser considerado como o próximo (Lc. 10: 30 a 37). O quadro elaborado manda que devemos considerar como o próximo, a pessoa que usa de misericórdia para com nós, mesmo ela não pertencendo ao nosso convívio social. Isso confirmou o que consta das Escrituras, onde Deus declara que nos avalia pelo que vê em nosso coração. Eis o texto:

       “Eu, o SENHOR, esquadrinho o coração, eu provo os pensamentos; e isto para dar a cada um segundo o seu proceder, segundo o fruto das suas ações.” (Jr. 17: 10).  

       Ficou então demonstrado que, independente de religião ou classe social, Deus não olha a pessoa pelo que ela aparenta ser; mas pelo que ela realmente é (I Sm. 16: 7).

       Esses dois mandamentos coloca o amor em forma vertical e horizontal. Vertical quando amamos a Deus e O colocamos acima de tudo; e horizontal quando amamos ao nosso próximo como a nós mesmos. Portanto, a maneira como Jesus colocou o amor, representa o símbolo da cruz que ele mandou o cristão carregar, se quiser segui-lo (Mc. 8: 34).

       Esses dois mandamentos não parecem difíceis de ser vivenciados, quando pensamos num tipo de amor apenas de boca para fora, como o que declaramos para as pessoas de nosso relacionamento. Porém, as coisas mudam quando se trata de nossa comunhão com Deus, pois Ele considera o que está em nosso coração e não nas nossas palavras. Isso quer dizer que o amor a Deus só é demonstrado quando procuramos agradá-Lo em toda a Sua vontade descrita nas Sagradas Escrituras. Semelhantemente, o amor ao próximo só é considerado pela lei divina quando o praticamos de acordo com a visão bíblica. Veja o texto:

      “O amor é paciente, é benigno; ... não arde em ciúmes, não se ufana, não se ensoberbece, não se conduz inconvenientemente, não procura os seus interesses, não se exaspera, não se ressente do mal; não se alegra com a injustiça, ... tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. ” (I Co. 13: 4 a 7).

       Assim, tomar a cruz e seguir ao Senhor, significa adotar esse tipo de atitudes com aqueles que usaram de misericórdia com nós, e viver inteiramente segundo a vontade de Deus (Mc. 8: 34).  

       Perante Deus, nem sempre a pessoa de nosso círculo social é vista como nosso próximo (Lc. 10: 30 a 34). Por isso, é nossa obrigação dispensar consideração especial para com aquele que, movido de íntima compaixão, nos acode na hora da necessidade. Portanto, amigo, se queremos cumprir os dois maiores e mais preciosos mandamentos, é necessário viver na prática do que Jesus nos ensinou.
 
       Que o Senhor te abençoe e te guarde.