“Mas o outro, repreendendo-o, disse: Nem ao menos temes a Deus, estando debaixo da mesma condenação? Nós certamente com justiça, porque recebemos o castigo que merecem os nossos atos; mas este nenhum mal fez. E disse: Jesus, lembra-te de mim quando entrares no teu reino. Ele lhe respondeu: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no Paraíso.” (Lc. 23: 40 a 43).
No momento em que somos concebidos no ventre materno, Deus determinada a duração de nossa vida aqui. Passado o tempo ordenado por Ele, somos colhidos pela morte e vamos ter numa nova experiência em vida espiritual (Sl. 139: 16 e Lc. 16: 22). Independente de crer ou não, todos nós seres humanos passamos por esse caminho, pois fomos criados por Deus e a Ele pertencemos (Gn. 1: 27). Por isso, é importante entender que após a morte, o bom ou mau destino de cada um depende do que se fez aqui, em concordância ou não com a vontade do Criador (Jr. 17: 10). Isso dá uma ideia da necessidade que cada pessoa tem de conhecer a verdade sobre Jesus (Jo. 8: 31-32). O episódio dos dois ladrões que foram crucificados ao lado dele é uma nítida demonstração dessa realidade.
Os versículos aqui reproduzidos descrevem o diálogo havido entre Jesus e o ladrão que se arrependeu minutos antes de morrer. Eles deixam evidente que, de alguma forma, aquele homem teria ouvido sobre os ensinos do Senhor, pois mesmo diante da aparente derrota representada pela crucificação, ele creu que Jesus haveria de reinar. A resposta do Senhor confirmou o alto valor do arrependimento, salvando-o de imediato, apesar de todo o mal que aquele homem havia praticado.
Aos olhos humanos aqueles dois ladrões pareciam ser iguais e mereciam a mesma pena. Mas Deus certamente levou em conta a diferença que existia no intimo de seus corações, fazendo brotar arrependimento em um deles nos últimos minutos de vida. Partindo do princípio de que Deus não faz acepção de pessoas, podemos entender que Ele não nos avalia pela aparência física, mas pelo perfil dos sentimentos encontrados em nossos corações (I. Sm. 16: 17). Portanto, podemos imaginar que mesmo vivendo no pecado, aquele ladrão tinha a semente da Palavra de Jesus em seu coração, e por isso pode comparar a verdade de Deus com a mentira do diabo, na qual viveu até chegar à cruz. É difícil avaliar os efeitos que a semente do evangelho pode produzir quando a plantamos no coração de alguém. Mas devemos semeá-la sobre todas as pessoas, ainda que essas o rejeitem no momento em que recebam. Em verdade, o trabalho da conversão é operado pelo Espírito Santo (Jo. 16: 8); mas a semeadura da santa Palavra compete a nós (Mc. 16: 15).
O episódio do ladrão que se arrependeu ao lado de Jesus e foi salvo, deixou uma maravilhosa lição do valor que Deus dá a um coração arrependido. Ele evidenciou o fato de que quando os olhos de nosso espírito são abertos para a verdade, o pecado não pode impedir o perdão, nem a entrada na vida eterna. Esse foi o caminho indicado pelo apóstolo Pedro, quando o povo perguntou o que deveria fazer par ser salvo. Veja o text o:
“… perguntaram a Pedro e aos demais apóstolos: Que faremos, irmãos? Respondeu-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para remissão de vossos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo.” (At. 2: 37-38).
É de grande importância que a semente do evangelho seja plantada no coração de todas as pessoas, ainda que essas a rejeitem. Como vimos, no caso do ladrão na cruz, pode surgir uma situação em que a pessoa seja levada a comparar a vida de pecados com os caminhos de Deus, e alcançar a salvação através do arrependimento.
Amigo, o Senhor espera que cada cristão venha a contribuir de alguma forma para propagação do evangelho. Na medida em que o fim dos tempos se aproxima, Deus tem proporcionado vários tipos de recursos para que venhamos a levar sua Palavra até aos confins da terra, a fim de alcançar muitos corações que podem chegar ao arrependimento em tempo oportuno como chegou o daquele ladrão. Portanto, não dê ouvidos àqueles que, por motivos pessoais ou por não enxergarem a verdade, pregam contra o uso da Internet na propagação do evangelho.