O Inimigo

     “O ladrão vem somente para roubar, matar e destruir; eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância. ” (Jo. 10: 10).     

      Todas as coisas que ocorreram com o Senhor Jesus, durante seu ministério na terra, foram preparadas para mostrar a perfeita vontade de Deus. Por isso, quando nos colocamos como discípulo (Jo. 8: 31), a coerência existente nas Escrituras, se revela, apontando detalhes, e formando em nós o conhecimento da verdade. O objetivo é nos libertar das raízes da mentira formadas no mundo desde a queda espiritual do primeiro homem (Gn. 3: 23).

      Um fato importante, nesse sentido, ocorreu logo após Jesus ter sido batizado no rio Jordão. No auge da unção confirmada pelo Espírito Santo, ele foi levado ao deserto para ser tentado(Mt. 3: 16-17 e 4:1). Diante de nossa visão humana, pode parecer que não havia necessidade do Senhor ser provado naquela tentação. Mas Deus assim o fez para que hoje pudéssemos aprender a maneira perfeita e  infalível de lutar contra o inimigo. Observa essa proposta do diabo para que Jesus o adorasse: 

     “Dar-te-ei toda esta autoridade e a glória destes reinos, porque ela me foi entregue, e a dou a quem eu quiser.”(Lc. 4: 6).

      As Escrituras mostram que a posição espiritual que o inimigo mantinha até aquela época, foi roubada do homem através da mentira(Veja Gn. 3: 2-3-4). E hoje sabemos que, segundo o propósito de Deus, o homem vai retornar a sua legítima posição no fim da nossa jornada (Veja Dn. 7: 18).

      O primeiro versículo que acima transcrevemos, mostra que em Jesus podemos ter vida plena e abundante. Confirma também o caráter do diabo como ladrão e matador. Mas é bom lembrar que vencer o jugo do maligno exige esforço e decisão de nossa parte. Por isso, precisamos aprender a fazer bom uso das armas que Deus colocou à nossa disposição (2 Co. 10: 3-4-5). Observe a principal delas que foi usada pelo Senhor. Todas as propostas do inimigo foram respondidas dentro do que manda a vontade de Deus contida nas Escrituras, e depois de um jejum de quarenta dias (Mt. 4: 2 a 10). Essa atitude nos ensinou a maneira de combater as tentadoras sugestões do inimigo, que guardam astutas armadilhas por detrás das aparências. Veja o texto de advertência:

     “Há caminho que ao homem parece direito, mas ao cabo dá em caminhos de morte”(Pv. 14: 12).

      Observe que Jesus foi levado ao deserto depois do batismo, para deixar um modelo de como devemos agir diante das propostas do inimigo. Portanto, Deus colocou diante de cada um de nós o direito de optar pela benção ou maldição. Podemos ter vida com abundância, inclusive na eternidade de nosso espírito; ou podemos agir de acordo com o que nos vem à mente, sem observar a vontade de Deus. Essa última atitude é uma permissão automática para que o inimigo entre e nos roube a vida. 

      É bom lembrar que a vida planejada por Deus para os seres humanos não se limita ao pequeno número de dias que vivemos aqui na terra(Sl. 139: 16). Sem dúvida, ela se estende pela eternidade, como foi ensinado por Jesus, e relatado em Lucas 16: 22. Mas cabe a cada um de nós a decisão de viver com abundancia, ou deixar que o inimigo nos destrua. Para aqueles que fazem questão de não “entregar o ouro ao bandido” Deus deu um sábio conselho através de Salomão. Veja o texto: 

    “Confia no SENHOR de todo o teu coração e não te estribes no teu próprio entendimento.  Reconhece-o em todos os teus caminhos, e ele endireitará as tuas veredas.Não sejas sábio aos teus próprios olhos; teme ao SENHOR e aparta-te do mal;” (Pv. 3: 5-6-7).

      Jesus cumpriu esse princípio ao responder as propostas do diabo. Portanto, quando  declara que nele podemos ter vida abundante, está presumido que para isso devemos seguir os seus passos.  

      Que o Senhor te abençoe mais e mais.

.