“.... Somos descendência de Abraão e jamais fomos escravos de alguém; como dizes tu: Sereis livres? Replicou-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo: tudo o que comete pecado é escravo do pecado. ” (Jo. 8: 33-34). Jesus havia pregado para várias pessoas, ensinando e falando sobre o poder de Deus. Muitas se mostraram interessadas. Entretanto, questionaram quando Jesus declarou às condições em que as bênçãos de Deus são derramadas sobre nós. Fato semelhante a esse acontece hoje. Em principio ninguém rejeita a Palavra de Deus, porque – através do testemunho de outros – sabem antecipadamente que quando vivemos nos mandamentos do evangelho, somos resgatados dos mais variados tipos de sofrimentos. Obviamente isso é agradável aos olhos de todos. Mas no momento em que começamos a trazer a verdade à tona, mostrando que para receber as bênçãos de Deus é necessário o sacrifício individual de cada um, boa parte desiste de assumir um compromisso mais sério com o evangelho (Veja Lc. 8: 11 a 13). Isto foi o que aconteceu com aquele grupo de pessoas para as quais Jesus havia pregado. Em principio elas gostaram de ouvir sobre as coisas de Deus, mas começaram a rejeitar o que ele havia dito, a partir do momento em que souberam que teriam de permanecer nos seus ensinos e conhecerem a verdade, para serem libertas (Jo. 8: 31-32). De acordo com sua visão própria, elas não se julgavam escravas, pelo fato de, aparentemente, não viverem sob o senhorio de alguém. A falta de entendimento espiritual as impedia de ter a visão da verdade diante dos olhos de Deus. Por isso, elas se julgavam livres, mesmo estando presas espiritualmente devido a uma vida em pecados. É bom lembrar que nós nos tornamos reféns nas mãos do inimigo de nossas almas, a partir do momento que levamos a vida fora dos mandamentos da Palavra de Deus. E esse era o motivo pelo qual Jesus via a necessidade de libertação para aquelas pessoas. Assim são muitos dos que vivem entre nós. Eles não percebem que o fato de viver em transgressão à vontade de Deus, os impede de compreender a verdade sobre o caminho que conduz à vida eterna. Pessoas que até se julgam conhecer o Senhor, sem se colocar na condição de discípulas dele. Mas o fato é que Jesus determinou um perfil bem definido para aqueles que o seguem verdadeiramente. Veja o texto; “As minhas ovelhas ouvem a minha voz; eu as conheço, e elas me seguem” (Jo. 10: 27). São milhões de pessoas que pensam da mesma forma que aqueles judeus para os quais Jesus havia pregado naquele dia. Estão escravizadas pelo pecado sem se dar por conta de sua verdadeira posição diante de Deus, correndo o risco de serem pegas de surpresa pela morte e ficarem perdidas no mundo espiritual. Isto porque é após a morte, quando não se atinge a salvação plena, que a pessoa vem a descobrir que em vida era a escrava espiritual (Veja em Lucas 16: 19 a 31). Por isso nós, cristãos convictos da verdade, temos a obrigação moral diante do Senhor a quem servimos, de nos esforçar de alguma forma para levar o evangelho a todas as criaturas, a fim de que elas busquem ao Senhor enquanto se pode achar (Veja Is. 55:6). Que Deus te abençoe abundantemente. |