O Destino Espiritual

          “Aconteceu morrer o mendigo e ser levado pelos anjos para o seio de Abraão; morreu também o rico e foi sepultado.No inferno, estando em tormentos, levantou os olhos e viu ao longe a Abraão e Lázaro no seu seio.Então, clamando, disse: Pai Abraão, tem misericórdia de mim! E manda a Lázaro que molhe em água a ponta do dedo e me refresque a língua, porque estou atormentado nesta chama”.(Lc.16:22-23-24)

          Essa parábola que foi colocada pelo Senhor Jesus, diante dos fariseus, com a finalidade de mostrar o que acontece com as pessoas após a morte. Na verdade, antes dessa revelação não se tinha muita certeza do destino espiritual das pessoas que morriam. Mas a partir daqui, o Senhor mostrou com palavras claras para onde podemos ir, deixando evidente de que nossa consciência não extingue com a morte.

          Ele descreve um clamor levado a efeito por aquele homem que viveu cercado de riquezas, nos fazendo presumir que, por não ter necessidades materiais, não se preocupou com o futuro espiritual (Lc. 16:19). O comportamento desse homem, apresentado como um homem rico, mostra a tendência da natureza humana. Quando não estamos premidos pelas necessidades, tendemos a acomodar, e não se preocupar com o futuro da alma. Mas a Palavra de Deus adverte de que devemos ser ricos dos dois lados, ou seja, do lado material, e do lado espiritual. Veja o que disse Jesus ao líder da igreja de Laodicéia:

           “...pois dizes: Estou rico e abastado e não preciso de coisa alguma, e nem sabes que tu és infeliz, sim, miserável, pobre, cego e nu. Aconselho-te que de mim compres ouro refinado pelo fogo para te enriqueceres, vestiduras brancas para te vestires, a fim de que não seja manifesta a vergonha da tua nudez, e colírio para ungires os olhos, a fim de que vejas.Eu repreendo e disciplino a quantos amo. Sê, pois, zeloso e arrepende-te”.(Ap.3:17-18-19).

          Com toda certeza, a sorte do personagem citado na parábola como rico, teria sido diferente se ele tivesse despertado para a realidade da vontade de Deus.

          Ainda na mesma parábola, descrita no inicio da mensagem, o Senhor coloca outro personagem – a quem deu o nome de Lázaro – que passou pela vida numa situação inversa. Materialmente pobre, presumindo-se também, que por viver em dificuldades, tivesse buscado a Deus. O Senhor mostra que a alma desse foi levada ao “seio de Abraão”, ou paraíso, onde descansam todos os que são fiéis cumpridores da vontade de Deus. As Escrituras falam também desse lugar. Veja o texto:

          “Portanto, resta um repouso para o povo de Deus.Porque aquele que entrou no descanso de Deus, também ele mesmo descansou de suas obras, como Deus das suas”.(Hb. 4:9-10).

          Esses registros testificam de que a vida não termina aqui. Mostram que cada ser humano define o destino do seu próprio espírito, dependendo de obedecer ou não a Deus antes de sua morte. Portanto, mesmo tendo recurso suficiente para viver bem, é necessário que venhamos a investir no futuro de nosso espírito (Veja Lc. 12:15 a 21).

           Que o Senhor possa falar melhor ao seu coração.