“Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma.” (Mt. 11: 28-29).
Na caminhada do povo de Israel pelo deserto, Deus determinava onde eles deveriam acampar, e quando deveriam seguir (Dt. 1: 33). Assim, ao acampar em Cades, no deserto de Zim, viram que não havia água, e por esse motivo entraram em contenda com Moisés (Nu. 20: 2-3-4). Em obediência à direção divina, Moisés havia mandado que acampassem ali. Mas vendo a revolta do povo, clamou ao Senhor e foi instruído a ordenar à rocha para que dela saísse água. Com sua vara, feriu a rocha duas vezes, e Deus fez com que dela saísse muitas águas, saciando a sede tanto de todas as pessoas como dos animais (Nu. 20: 11).
É de se imaginar o desespero daquela multidão, que, exausta pela grande caminhada, via pessoas morrer no deserto sem água. Pelo entendimento natural, tanto do povo como de Moisés, obter água ali para uma multidão de pessoas, seria impossível. Mas Deus mostrou que para Ele não há impossíveis, quando andamos em estrita obediência de Sua Palavra.
Nossa vida hoje, na caminhada para Cristo em busca da salvação, tem aspectos idênticos aos fatos ocorridos na travessia do deserto por aquele povo. A diferença, é que para eles as coisas aconteceram na dimensão física; e para nós hoje elas ocorrem na dimensão espiritual. Eles tiveram sofrimentos e dificuldades para atravessar o deserto visível, e nós temos lutas semelhantes para vencer o deserto invisível (Veja Ef. 6: 12). Isso acontece porque Deus é Espírito, e importa que O busquemos em espírito e em verdade (Jo. 4: 24).
No convite constante do versículo que acima transcrevemos, Jesus se coloca como o oásis de repouso quando estamos cansados em nossa caminhada, e mostra que encontraremos descanso se submetermos ao seu leve e suave jugo. Mas apesar de estarmos hoje num estágio muito mais adiantado, e muito mais próximo de Deus, a natureza humana ainda permanece inalterada. Observe que diante da dificuldade encontrada no deserto de Zim, a maioria dos judeus olhou para atrás, preferiu voltar para o Egito e continuar submetida ao jugo de Faraó (Nu. 20: 3-4-5). A atitude de muitos cristãos tem sido semelhante à daqueles judeus que fraquejaram no deserto. Preferem voltar à vida mundana, e se submeter ao faraó atual, que é satanás, ao ter que aceitar o jugo de Jesus. O mais lamentável nisso é o fato de que aqueles que assim procedem não chegarão ao final da jornada, pois só entra no descanso definitivo quem obedece a Deus. Veja o texto:
“... resta um repouso para o povo de Deus.Porque aquele que entrou no descanso de Deus, também ele mesmo descansou de suas obras, como Deus das suas.Esforcemo-nos, pois, por entrar naquele descanso, a fim de que ninguém caia, segundo o mesmo exemplo de desobediência.” (Hb. 4: 9-10-11).
Portanto, amigo, se você é um cristão e está diante dos desafios dos dias atuais, lembre do convite que o Senhor Jesus fez. Com certeza, ele é o oásis no deserto da vida, onde podemos beber abundantemente de suas águas e saciar nossa sede. Esqueça a tempestade que estiver abatendo sobre você, e a escassez dos alimentos no seu deserto, e medite na promessa do Senhor Jesus. Ele é o verdadeiro caminho, tem o domínio da morte e do inferno, e seus mandamentos nos conduz à vitória se houver perseverança de nossa parte. Veja o texto abaixo:
“e sereis odiados de todos por causa do meu nome. Mas de modo algum se perderá um cabelo da vossa cabeça; pela vossa perseverança ganhareis as vossas almas.” (Lc. 21: 17-18-19).