“... Um homem deu uma grande ceia, e convidou a muitos; e a hora da ceia enviou ao seu servo para dizer aos convidados: Vinde, porque tudo já está preparado.” (Lc. 14: 16-17).
Querendo ou não admitir, todo ser humano é constituído de espírito, corpo e alma (I Ts. 5: 23). Entre esses três elementos o mais importante é o espírito, pois ele é o sopro de Deus que mantém o corpo com vida (Gn. 2: 7). Por isso, temos necessidade de alimentar o corpo, mas também de procurar o caminho certo para o espírito, a fim de que ele tenha bom desempenho na função para a qual Deus o criou (Ecl. 12:7). Assim, visando facilitar nosso entendimento, Jesus sempre procurou estabelecer uma relação das situações que acontecem no mundo espiritual com as coisas que podemos ver materialmente. Suas comparações são perfeitas, e através delas podemos compreender a vontade de Deus em relação ao destino do homem.
Nos versículos reproduzidos acima, o Senhor comparou a chamada do homem para viver nos princípios do evangelho, como o convite para uma grande festa, afirmando que a vontade de Deus é ver a pessoa vivendo em abundancia e alegria, não só na vida material como na vida espiritual. Com efeito, Deus já havia revelado isso através das Sagradas Escrituras no livro de Ezequiel 28: 13.
Mas se dermos continuidade à leitura do texto transcrito, vemos nos versículos seguintes, que as pessoas rejeitam o convite de Deus para dar preferência às coisas mais fúteis e banais do mundo (Lc. 14: 18-19-20). A grande ceia que Deus tem preparada para nós é a vida de nosso espírito na eternidade, onde não haverá mais morte, nem pranto, nem choro, nem dor (Ap. 21: 4). Prevendo essa rejeição, Jesus advertiu sobre o erro daqueles que assim procedem, demonstrando o que acontecerá com eles quando findar seus dias aqui. Veja o texto referente à resposta de Deus:
“Porque vos declaro que nenhum daqueles homens que foram convidados provará a minha ceia.” (Lc. 14: 24).
Portanto, o convite de Deus em nossos dias é o evangelho de Jesus ofertado a todas as pessoas que desejam alcançar a plenitude de vida após a morte. Veja o que ele diz a cada ser humano independente da situação a que estejam vivendo. Eis o texto:
“Eis aí estou à porta e bato. Se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa, e cearei com ele, e ele comigo.” (Ap. 3: 20).
A ceia aqui é a proposta de salvação para o espírito daqueles que aceitam o convite. Abrir a porta para o Senhor significa abandonar o costume de transgredir a vontade de Deus, e passar a viver de acordo com o que Jesus nos ensinou (Jo. 8: 31-32). É bom observar que tudo depende de nossa decisão, já que Deus não obriga ninguém a aceitar Seu convite (II Cr. 15: 2).
Amigo, a escolha é individual. Cada pessoa escolhe a situação em que vai ficar seu espírito após a morte. Através das Escrituras, Deus pôs diante de nós os caminhos que conduzem à benção ou à maldição (Dt. 11: 26-27-28). Portanto, não se deixe absolver pelas atrações do mundo, pois elas são passageiras, já que o tempo de vida no corpo é limitado por Deus (Sl. 139: 16). Busque atentar para o que Jesus nos avisou. Veja o texto:
“E olhai por vós, para que não aconteça que o vosso coração se carregue de glutonaria, de embriaguez, e dos cuidados da vida, e venha sobre vós de improviso aquele dia.” (Lc. 21: 34).