“Tendo Jesus entrado em Cafarnaum, apresentou-se-lhe um centurião, implorando: Senhor, o meu criado jaz em casa, de cama, paralítico, sofrendo horrivelmente. Jesus lhe disse: Eu irei curá-lo. Mas o centurião respondeu: Senhor, não sou digno de que entres em minha casa; mas apenas manda com uma palavra, e o meu rapaz será curado”(Mt. 8:5 a 8). A primeira coisa que chama a atenção nesse texto, é o perfil do homem se dirigiu a Jesus. Naquele tempo, os romanos dominavam sobre o povo de Israel, mandando e desmandando como bem quisesse. O homem que foi ao Senhor aqui era um centurião romano, e com certeza, autoridade sobre o povo, já que desfrutava de um cargo razoavelmente destacado no exército de Roma. Entretanto, ele se colocou na condição de servo, abrindo mão da prerrogativa que a autoridade humana o oferecia. Isso demonstrou não só humildade, mas também o reconhecimento da autoridade de Jesus no mundo espiritual. Mas não ficou por aí. No momento em que ele pediu para Jesus mandar “apenas uma Palavra”, crendo que isso seria o suficiente para curar seu servo, ficou claro que aquele homem era dono de uma rara visão espiritual. Observando a seqüência do diálogo facilmente se percebe que ele fazia plena distinção entre autoridade no mundo material e autoridade no mundo espiritual. Veja o texto: “Pois também eu sou homem sujeito à autoridade, tenho soldados às minhas ordens e digo a este: vai, e ele vai; e a outro: vem, e ele vem; e ao meu servo: faze isto, e ele o faz.”(Mt. 8:9). Essa postura demonstrou ele estava reconhecendo a diferença de poder existente entre a palavra do homem e a Palavra de Deus. Na verdade, era algo assustador encontrar alguém com esse nível de discernimento naquela época. Daí, o motivo do Senhor Jesus declarar: “Em verdade vos afirmo que nem mesmo em Israel achei fé como esta”.(Mt. 8:10). Como se sabe, os judeus tinham a obrigação de saber discernir as diferenças entre o mundo material e o mundo espiritual, pois a eles foi dado o privilégio de ter conhecimento da vontade divina através da lei de Moisés. Mas a atitude do centurião mostrou que a revelação desse discernimento veio de alguém que não tinha por obrigação saber a Palavra de Deus. Esse fato provocou a seguinte profecia vinda da boca do Senhor Jes “Digo-vos que muitos virão do Oriente e do Ocidente e tomarão lugares à mesa com Abraão, Isaque e Jacó no reino dos céus.Ao passo que os filhos do reino serão lançados para fora, nas trevas; ali haverá choro e ranger de dentes”(Mt.6:11-12). Hoje, mais de dois mil anos depois, nós, que não somos judeus, vemos o inicio do cumprimento dessa profecia, pois temos tomado posse de uma fé semelhante à que tinha no coração daquele Centurião, e muitos de nós cremos que vamos tomar lugar à mesa com Abraão, Isaque e Jacó. Portanto, devemos dar glórias a Deus por despertar o dom da fé em nossos corações. E você? Já tem no coração o tipo de fé daquele centurião? Se você ainda não tem, pede para Jesus mandar apenas uma Palavra, e certamente ela te fará descobrir a verdade. Que o Senhor possa falar melhor ao seu coração. |