“E olhei, e eis um cavalo amarelo e o seu cavaleiro, sendo este chamado Morte; e o Inferno o estava seguindo, ...”(Ap. 6: 8).
Os quatro cavaleiros mostrados nas revelações do apocalipse representam potestades espirituais com poderes específicos, que passaram a atuar sobre o governo da terra a partir da vinda de Jesus. A maneira pela qual foram apresentados indica que eles estão alocados nos ares do planeta com autoridade espiritual pré-estabelecida, e são os alicerces da profunda mudança trazida pelo cristianismo no relacionamento entre Deus e o homem. Essa mudança trouxe imensos benefícios para o mundo, mas também passou a exigir de nós maior responsabilidade perante Deus, em relação à que existia no tempo da Lei de Moisés. Em Mateus 5: 20Jesus nos advertiu de isso.
O versículo reproduzido acima descreve o quarto cavalo, que é montado pelo espírito da morte e acompanhado pelo inferno. Eles são os geradores do mal, e surgiram como consequência da rebelião do homem ainda no tempo do jardim do Éden. São também parceiros inseparáveis, que respondem por todos os tipos de sofrimentos dos seres humanos. Mas seus efeitos podem ser neutralizados na vida daquele que obedece a Palavra de Deus (Fp. 1: 21 e Jo. 10: 10).
Ao declarar que o inferno acompanha a morte, o texto indica que, ao morrer, as pessoas são visitadas pelos representantes do inferno. Portanto, é nesse ponto de nossa existência que se define o destino do espírito de cada um, ou seja, se ele vai ficar na terra à mercê do diabo ou se vai subir para os altos celestes (Ver Lc. 16: 22-23). Com certeza, é a partir daí que sentimos o valor da bagagem espiritual adquirida durante o tempo de vida aqui, pois ela é formada por nossas obras, que nos acompanham (Ap. 14: 13); e resultam de nossa postura em relação ao Senhor. Veja o texto:
“Eu, o SENHOR, esquadrinho o coração, eu provo os pensamentos; e isto para dar a cada um segundo o seu proceder, segundo o fruto das suas ações.(Jr. 17: 10).
Como acompanhante da morte, o inferno recolhe e escraviza aqueles que não levam bagagem espiritual, e ficam perdidos na superfície da terra. Isso foi demonstrado por Jesus na parábola que fala sobre a morte do rico e do mendigo Lázaro. Descrevendo a situação dos dois, o Senhor mostra que enquanto o rico – como imagem do pecador – ficou sofrendo nas chamas ardentes do inferno, o mendigo, como alguém que viveu no temor de Deus, foi recolhido e levado para a glória nas alturas celestes (Lc. 16: 19 a 23).
O recolhimento do espírito do mendigo mostra a fidelidade da Palavra do Senhor, a respeito daquele que O obedece. Veja o que disse o apóstolo João. Eis o texto:
“Sabemos que todo aquele que é nascido de Deus não vive em pecado; antes, Aquele que nasceu de Deus o guarda, e o Maligno não lhe toca.” (I Jo. 5: 18).
Observe que ao nascer de Deus, ou seja, ao receber o novo nascimento (Jo. 3: 3-7), a pessoa é marcada para o Senhor, e o diabo têm que respeitar essa marca, pois aquele que nasce de novo passa a ser propriedade exclus iva do Senhor (I Pe. 2: 9).
O tema desta mensagem é um tanto desagradável, pois fala de inferno e morte. Mas aborda uma importante realidade da vida, qual seja a de se despertar para a necessidade de buscar a Deus enquanto é tempo, mostrando o que vai acontecer na fase mais crítica da nossa existência. Veja o que diz o Salmo de Davi: “O anjo do SENHOR acampa ao redor dos que o temem, e os livra. ” (Sl. 34: 7).
Que o Senhor te abençoe e te guarde. O Senhor faça resplandecer o seu rosto sobre ti e te dê a paz.