Mensagem

O BATISMO COM FOGO

MSG 1015/2024

       
         Vivendo sob os domínios do Império Romano, o povo de Israel, baseado nas profecias, esperava a vinda de um salvador prometido por Deus, e que haveria de libertá-lo (Dt. 18: 15-18-19). Quando João Batista apareceu no deserto pregando o batismo, para arrependimento de pecados, muitos o procuravam nas margens do rio Jordão, e se batizavam nas águas. Mas, na dúvida, pensavam que era ele o messias, que o Senhor prometera mandar para libertar Israel.  Indagado sobre isso, João deu o entender que já era o início do cumprimento daquilo que eles esperavam, dizendo, em sentido figurado, que: “o machado já está posto à raiz das árvores, e quem não der bons frutos será cortado” (Lc. 3: 9). Também, respondendo diretamente sobre o que eles queriam saber, João predisse as regras estabelecidas por Deus, que deveriam vir com o messias, para entrar nos caminhos da salvação, dizendo:
 
 
      “... Eu, na verdade, batizo-vos com água, mas eis que vem aquele que é mais poderoso do que eu, do qual não sou digno de desatar a correia das alparcas; esse vos batizará com o Espírito Santo e com fogo.” (Lc. 3: 16).   

       João deixa claro que ele era apenas o iniciante de um processo baseado no sacramento do batismo, que seria exigido daquele que optasse por ser salvo, mediante a expiação de seus pecados ainda em vida terrena (Mt. 11: 28-29-30). João não disse que o messias viria para libertar fisicamente o reino de Israel, como eles esperavam, mas ficou bem entendido que um sacramento de três batismos seria a base necessária para quem optasse por seguir a Jesus. Hoje sabemos que a primeira parte desse sacramento, é o batismo nas águas, onde, com seu gesto, a pessoa indica para Deus a decisão espontânea de deixar a vida de pecados e viver na prática dos ensinos de Jesus. O segundo – o batismo com o Espirito Santo – é a resposta de Jesus aceitando a pessoa na nova aliança, trazida por ele, que capacita-nos a vencer o inimigo que vai levantar contra nós, para não nos perder do seu reino; e a terceira é o batismo com fogo, representado nos desafios que vamos enfrentar para conquistar a condição de entrar no reino de Deus. Esse, como o próprio nome sugere, não é a parte mais importante, mas é mais difícil, porque depende de nossa fé e perseverança para atingir o alvo, que é a santificação. Veja o texto:
       “Segui a paz com todos, e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor;” (Hb. 12: 14).
        Assim, o batismo com fogo é a trajetória do cristão, na qual ele deve negar a sí mesmo, abandonando suas vontades – em muitos casos – para fazer a vontade do Senhor (Mc. 8: 34). Ele tem o perfil de uma escada em que devemos subir, vencendo os obstáculos que se tornam mais difíceis a cada dia, para alcançar a Deus no topo dela  (Gn. 28: 12-13-14). Entretanto, ele é o caminho mais curto e mais eficaz para chegar ao Senhor, pois, se formos fiéis até a morte, ainda que nossas obras se queimem, o Senhor paga pelos nossos pecados e nos dá a coroa da vida quando morremos (Ap. 2: 10 e 1 Co. 3: 15). Essa é a razão pela qual Jesus nos avisou que no mundo havemos de passar por aflições, mas devemos suportá-las com bom ânimo, porque ele assim fez e venceu. Isso quer dizer que o seguidor de Cristo nunca deve esperar se deleitar em um mar de rosas, pois nosso descanso é nos céus e não aqui (Hb. 4: 9).

Que o Senhor a quem servimos possa falar melhor ao seu coração.
 
                                                                Natanael de Souza
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