Mensagem

O ARREPENDIMENTO

MSG 867 - 11/01/2022

O arrependimento das transgressões que praticamos contra a vontade de Deus, é condição essencial para retornarmos à comunhão com o Senhor, como foi no princípio da criação (Gn. 3: 9-10-11). Porém, depende de nossa decisão aceitar os mandamentos do Senhor na prática de nossos atos. Quando decidimos deixar os caminhos da desobediência e acatar a vontade de Deus – previstas nas Escrituras – somos aceitos na aliança de salvação, que confirma nossa vontade através do batismo nas águas (Lc. 3: 3). Essa é a razão de Jesus haver dito que quem crer e for batizado será salvo (Mc. 16: 16). Portanto, o batismo nas águas vai além de um simples gesto de fé. Ele é, antes de tudo, um compromisso que assumimos com Deus, sinalizando que decidimos abandonar as práticas condenáveis, e passar a viver de acordo com a vontade do Senhor. Quando fazemos isso com inteireza de coração, o Espírito Santo vem, toca em nosso espirito, perdoa parte de nossos pecados, e leva-nos a entender a verdade. Isso provoca um profundo arrependimento de havermos vivido errado, em relação à vontade do Senhor. É o que consideramos como sendo a chamada de Deus. A partir daí, iniciamos uma batalha na vida espiritual, com o fim de alcançar a santificação necessária para chegar a Deus (Hb. 12: 14). O perfil dessa batalha foi mostrado a Jacó, na visão de uma escada, numa clara indicação de que, para alcançar a comunhão com o Senhor, é necessário lutar pelo aperfeiçoamento de nosso espirito, vencendo os obstáculos que se interpõem em nosso caminho (Gn. 28: 12 e Mt. 5: 48). Isso mostra que é o Espírito de Deus quem provoca o arrependimento em nós, depois de aceitarmos Jesus como nosso único e exclusivo salvador. O arrependimento tem grande valor diante de Deus. Isso ficou provado quando o ladrão que estava na cruz, ao lado do Senhor, se arrependeu e foi levado ao Paraíso (Lc. 23: 39 a 43).

       Podemos, então, admitir que no juízo final Deus poderá levar em conta o arrependimento de muitas almas que passaram por grandes sofrimentos no fogo do inferno, e se arrependeram de não ter perseverado na esperança de cumprimento das promessas de Jesus (Ap. 20: 12). É bom lembrar que para Deus a pessoa que perdeu o corpo físico continua vivendo (Mc. 12: 26-27).  Isso deixa a bendita esperança de que a salvação não se restringe apenas ao tempo da primeira morte. Com certeza, ela se estenderá ao tempo da segunda morte, e muitos dos que fraquejaram agora e não alcançam a plenitude do altíssimo, poderão ser salvos depois de ter passado pelo fogo do inferno. Veja o que disse o apóstolo Paulo, sobre a edificação do evangelho em nossos corações.  Eis o texto:

       “... lancei o fundamento ... Porém cada um veja como edifica. Porque ninguém pode lançar outro fundamento, além do que foi posto, o qual é Jesus Cristo. Contudo, se o que alguém edifica sobre o fundamento é ouro, prata, pedras preciosas, madeira, feno, palha, manifesta se tornará a obra de cada um; Se permanecer a obra de alguém que sobre o fundamento edificou, esse receberá galardão;  se a obra de alguém se queimar, sofrerá ele dano; mas esse mesmo será salvo, todavia, como que através do fogo.  (I Co. 3: 10 a 15).

       Serão salvos através do fogo aqueles que não conseguiram vencer os desafios da vida espiritual, e fracassaram. Isso mostra que a salvação pode ser agora ou no porvir, e que o arrependimento pode ocorrer em vida espiritual, e ser considerado por Deus depois de se passar vários séculos no fogo do inferno (Mt. 12: 32).  

       Que Deus nos conceda a força e o poder para vencer todas as coisas.
 
                                                               Natanael de Souza