“E há de ser que, depois, derramarei o meu Espírito sobre toda a carne,... E mostrarei prodígios no céu e na terra, sangue, e fogo, e colunas de fumaça. O sol se converterá em trevas, e a lua, em sangue, antes que venha o grande e terrível dia do SENHOR. E há de ser que todo aquele que invocar o nome do SENHOR será salvo;...” (Joel 2: 28-30-31-32).
Criar significa trazer à existência algo que não existe. Nós seres humanos tivemos o privilégio de ser criados à imagem e semelhança de Deus (Gn. 1: 27). Isso nos confere o direito de fazer o que desejamos. Mas por extrapolar no uso dessa prerrogativa, fomos separados do Criador logo no principio do mundo (Gn. 3: 23 e Ez. 28: 13 a 16). Portanto, a salvação - que hoje representa o alvo principal de nossa vida - é o retorno à comunhão com Deus, ou seja, a restauração do direito de viver espiritual e eternamente em comunhão com Ele. Assim, apesar de nossos erros, o Senhor, em Sua infinita misericórdia, revelou vários detalhes do plano estabelecido para nos salvar e restaurar o direito que perdemos.
Os versículos acima transcritos fazem parte dessas revelações. Eles relatam algo do já aconteceu, como o derramamento do Espírito Santo (At. 2: 7). Mas também fazem referencia a acontecimentos que virão em tempos diferentes, pelos quais ainda não passamos. Veja o que está previsto para acontecer a médio prazo em relação aos nossos dias. Eis o texto do que foi mostrado ao apóstolo João:
“O quinto anjo tocou a trombeta. Vi uma estrela caída do céu na terra, e foi-lhe dada a chave do poço do abismo. Ele abriu o poço do abismo; do poço subiu um fumo como o fumo duma grande fornalha, e o sol e o ar escureceram-se com o fumo do poço. ” (Ap. 9: 1-2).
Esse texto fala sobre a contaminação do ar que será provocada por um maligno chefe de Estado (estrela caída), no tempo a que Jesus chamou de grande tribulação. Observe, entretanto, que na sequência dos tempos ainda virão coisas piores, qual seja o que a profecia chama de grande e terrível dia do Senhor. Esse demorará ainda mais de mil anos para acontecer, pois, ao que tudo indica, trata-se do Juízo Final, quando a terra será substituída e todos os mortos julgados (Ap. 20: 11-12 e Ap. 21: 1). Nesse tempo, ou seja, nos últimos dias de existência dessa terra, a salvação será abundante, bastando para tal que os perdidos no pecado reconheçam a grandiosidade de Deus e clamem pelo Seu nome.
É importante entender que, apesar da infinita longanimidade do Senhor, o melhor tempo para buscar a salvação é agora, já que não sabemos quando vamos ser alcançados pela morte. Com certeza, nossa capacidade de entendimento é pequena para entender plenamente até aonde pode alcançar a salvação do Senhor, já que os parâmetros de julgamento de Deus são insondáveis. Por isso, é difícil definir com segurança quem já foi salvo, como também quem será salvo futuramente. Mas uma coisa é certa: todos aqueles que nos dias atuais morrem sem salvação, ficam a mercê do inferno por pelo menos mil anos, já que só terão seu destino definitivo no julgamento do Juízo Final. Veja o texto
“Vi também os mortos, os grandes e os pequenos, postos em pé diante do trono. Então, se abriram livros. ... E os mortos foram julgados, ... conforme o que se achava escrito nos livros. Deu o mar os mortos que nele estavam. A morte e o além entregaram os mortos que neles havia. E foram julgados, um por um, segundo as suas obras.” (Ap. 20: 12-13).
O texto fala de um julgamento de pessoas mortas e não salvas, e, portanto, espíritos de que estavam escravizadas no inferno (Lc. 16: 23).
Amigo, medita bem nisso. A decisão mais importante que alguém pode tomar nesse mundo, é a de viver segundo os mandamentos de Deus contidos nas Escrituras Sagradas. Nada pode ser comparado à honra de ser resgatado pelos anjos de Deus quando a morte nos alcançar (Sl. 34: 7).