Nossos Erros

          “Jesus, porém, respondendo, disse-lhes: Errais, não conhecendo as Escrituras, nem o poder de Deus.” (Mt. 22:29).

       Ao libertar o povo de Israel da escravidão egípcia, Deus passou a ensinar novas regrasde atitude com a finalidade de prepara-lo para viver de maneira correta na terra prometida. Dentre os ensinamentos, uma das posturas insistentemente recomendada era para que as pessoas procedessem retamente de acordo com as instruções recebidas, não se desviando nem para a direita nem para a esquerda (Dt. 5: 32). Essa recomendação visava evitar que alguém se perdesse, e não chegasse ao destino proposto, pois se isso acontecesse o perdido ficaria no deserto, e certamente viria a se tornar cativo de outros deuses (Dt. 28: 14). Assim, os poucos que seguiram corretamente as instruções do Senhor não erraram o caminho e entraram na terra prometida (Nu. 32: 11-12).

       O versículo acima transcrito relata a declaração de Jesus aos saduceus que levantaram dúvidas sobre o que aconteceria na ressurreição, com uma mulher que tivesse desposado sete irmãos, nas condições estabelecidas pela lei de Moisés (Mt. 22: 23 a 28).  O Senhor mostrou a eles que suas dúvidas provinham de um erro de interpretação, pelo fato de não conhecerem as Escrituras e nem o poder de Deus. Essa resposta confirma que as recomendações de Deus para seguirmos retamente os Seus ensinamentos permanecem válidas e firmes. Para nós hoje ela deixa claro que quem não quiser errar os caminhos da salvação, deve crer no poder ilimitado de Deus e procurar conhecer o evangelho.

       Em outro texto, identificando o tipo de pessoas que são reconhecidas como suas ovelhas, Jesus as definiu da seguinte forma:

      “As minhas ovelhas ouvem a minha voz; eu as conheço, e elas me seguem.” (Jo. 10: 27).

       Novamente aqui há um indicativo apontando para a necessidade de conhecer as Escrituras a fim de evitar o erro. Ouvir a voz do Senhor significa não só conhecer, mas também praticar a Palavra na forma que ele ensinou. Em nossa época, para a direita ou para a esquerda como se queira considerar, inúmeros cristãos tem se desviado do verdadeiro foco do evangelho por não dar importância ao exame direto das Escrituras (Jo. 5: 39). Eles têm confiado apenas no que recebem de suas lideranças, sem procurar a confirmação do Espírito Santo no exame direto do evangelho (I Jo. 2: 27).

       Com toda certeza essa é uma das razões pelas quais não chegam ao conhecimento pleno das Escrituras, erram em sua maneira de entender, e acabam desviando dos retos caminhos do Senhor, porque ficaram limitados ao conhecimento de um intermediário humano. Para Deus, isso significa desprezar o sacrifício feito por Jesus para nos libertar da intermediação humana que existia antes de sua vinda. Devemos considerar que a vitória do Senhor na cruz do calvário, abriu as portas da salvação para nós, pelo fato de representar o perfeito cumprimento daquilo que Deus exigiu para o homem se libertar da condição de herdeiro do pecado (Gn. 3: 15b). Por isso, erra em grande estilo o cristão que não crê no poder de Deus para ensiná-lo (Jo. 6: 45); deixa de lado aquilo que o Espírito o inspirou (I Ts. 5: 19); e se detém na orientação de outro homem sem confrontá-la com a Palavra de Deus. Veja o texto abaixo:

      “Bem-aventurado o homem que não anda no conselho dos ímpios, não se detém no caminho dos pecadores,… Antes, o seu prazer está na lei do SENHOR, e na sua lei medita de dia e de noite.” (Sl. 1: 1-2).

       Amigo, no tempo em que estamos vivendo, todos nós ainda somos cegos do mundo espiritual, e para evitar que venhamos a cair nas armadilhas do diabo, necessitamos ser guiados pelo Espírito Santo (Jo. 16: 13-14). Portanto, quando desprezamos essa graça imerecida que o Senhor nos concede para depositar nossa confiança em qualquer ser humano, desviamos dos caminhos de Deus, sem perceber o erro que estamos cometendo (Jr. 17: 5).

       Que o Senhor possa falar melhor ao seu coração.