Nossas Aflições

            “Lembra-te, pois, de onde caíste, arrepende-te e volta à prática das primeiras obras; e, se não, venho a ti e moverei do seu lugar o teu candeeiro, caso não te arrependas. ” (Ap. 2: 5).  

      
      Antes da vinda de Jesus, o mundo jazia em trevas espirituais desde a primeira vez que o homem desobedeceu a Deus, provocando a existência do pecado sobre todos os seres humanos(I Jo. 5: 19). Todos os seres humanos eram escravizados pelo espírito satânico, com exceção dos patriarcas, profetas e reis, que tinham unção especial. Não havia ordem de Deus para que os espíritos maléficos fossem expulsos da vida de alguém (Jd. 1: 9). Mas essa situação mudou após o sacrifício de Jesus no calvário, em nosso benefício. Hoje, o reino de Deus está entre nós, apesar do poder do inimigo inda não ter sido extinto (Mc. 1: 15).

      Mas por subsistir o reino satânico, aquele que já reconhece a Cristo como seu único e exclusivo salvador ainda está sujeito a errar, e cair em pecado, correndo o risco de não ser salvo, pois o pecado corta a comunhão com Deus(Is. 59: 1-2). Na verdade, essa é a raiz das aflições de todos os cristãos, e não está omissa em nossas advertências. Jesus nos avisou disso. Veja o texto:

      “Tenho-vos dito isso, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo; eu venci o mundo. ” (Jo. 16: 33).

  
      Aqui, Jesus mostrou que ainda iríamos ser afligidos, apesar de seu sacrifício em nosso favor. Mas também deixou claro que quando fazemos dele o nosso refúgio, podemos ter paz mesmo diante das ameaças do inimigo(Jo. 14: 27). 

      No versículo que transcrevemos ao iniciar esta mensagem (Ap. 2. 5), o Senhor ensina como proceder todas as vezes que, involuntariamente, caímos em pecado. Ele mostra que lembrar onde erramos, e buscar o arrependimento, é a atitude aceitável para que venhamos retomar a direção certa e prosseguir em busca do alvo. Esse meio de restauração nos foi proporcionado porque o Senhor reconhece que todos nós estamos sujeitos a cair no caminho, devido ao peso da cruz que temos de carregar para segui-lo(Mt. 16: 24). O perdão sempre foi o dom divino que Deus concede para que venhamos a levantar e prosseguir caminhada em direção à vitória. Entretanto, ele só é concedido quando retornamos a Deus, reconhecendo que erramos. Deus exige que coloquemos de lado o veneno do orgulho, e retornemos a Ele com sinceridade. (Ver Is. 1: 18). È bom lembrar que depois de cair em pecado, esse é o único remédio para nossa alma, e se não o usarmos, o nosso candeeiro – no caso o Espírito de Deus que há em nós – será movido do lugar, ou seja, Ele não estará mais nos guiando. Davi tinha a exata noção dessa verdade. Veja o texto: 

     “Não me lances fora da tua presença e não retires de mim o teu Espírito Santo. Torna a dar-me a alegria da tua salvação e sustém-me com um espírito voluntário.  Então, ensinarei aos transgressores os teus caminhos, e os pecadores a ti se converterão. ” (Sl. 51: 11-12-13).

   
      Amigo, o perdão faz parte da longanimidade do caráter de Deus. Não te assustes com as ameaças do inimigo, nem te submetas a ele. Lembra que o Criador de todas as coisas te considera como algo precioso. Tão importante que Ele deu o seu próprio Filho como sacrifício para te salvar. As Escrituras mostram que, ao criar o homem, Deus o colocou em meio ao brilho das pedras preciosas (Ez. 28: 13). Isso indica que Deus nos tem em alta estima e quer que todos nós sejamos salvos.

      Que o Senhor te abençoe e te guarde.

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