NASCER DE NOOVO

      Deus mandou Isaías profetizar bloqueando o entendimento das pessoas, para que elas não fossem salvas sem que Ele as chamasse (Is. 6: 10 e Mt. 13: 14). Isso aconteceu a aproximadamente setecentos e cinquenta anos antes de Cristo, demonstrando que o Senhor já previa a vinda de uma Nova Aliança, e por isso já preparava o povo para sua vinda (Lc. 1:17). Com efeito, quando examinamos as condições em que viviam os primeiros cristãos, vemos que todos tinham um chamado de Deus, e só faziam parte do grupo aqueles cujos corações haviam sido tocados pelo Espírito Santo, conforme aconteceu com o apóstolo Paulo (At. 9: 4-5). Mas, segundo a história, essa situação foi mudada no ano 325 depois de Cristo, quando o rei Constantino aderiu ao cristianismo, e introduziu pessoas de todas as religiões. Assim, a mistura de pessoas chamados com as não chamados no meio cristão começou aí. Entretanto, o projeto de Deus não mudou. Veja o que Jesus disse a Nicodemos. Eis o texto:

       “... Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo não pode ver o Reino de Deus.” (Jo. 3: 3).       

       Nascer de novo significa ser tocado pelo Espírito Santo, quando Deus nos escolhe para entrar no caminho da salvação, através dos méritos de Jesus (Jo. 6: 44). Quando isso acontece, a pessoa passa – na hora – a entender a vontade de Deus através das Escrituras, pois o santo Espírito deixa nela um potencial de entendimento, a que chamamos de unção (I Jo.2: 27). Jesus mostrou que essa unção é dada em níveis diferentes para cada pessoa, dependendo da divida de pecados encontrada em cada uma delas (Mt. 25: 14-15). Nos dias em que vivemos é difícil identificar quem realmente já teve um chamado de Deus, e quem ainda não teve. Mas, na verdade, aquelas que ainda não foram chamadas estão mais longe da salvação, e se morrerem nessa situação, vão ter que aguardar até o juízo final nos domínios do inimigo (Hb. 9: 27). Elas serão salvas por causa da promessa de Jesus, mas suas almas irão amargar centenas de anos nos domínios satânicos. Veja o que disse o apóstolo Paulo, referindo-se ao ensino do evangelho:

      “Segundo a graça de Deus que me foi dada, pus eu, como sábio arquiteto, o fundamento, e outro edifica sobre ele; mas veja cada um como edifica sobre ele. Se a obra de alguém se queimar, sofrerá detrimento; mas o tal será salvo, todavia como pelo fogo.” (I Co. 3: 10-15).   

       O que nos leva à vitória é a plena visão da vontade de Deus. Quem se empenha em buscá-la, ainda que não tenha sido chamado, está mais perto de alcançar os objetivos de Deus, porque passa a crer em Jesus (Jo. 7: 38-39). Porém, tudo está na dependência das igrejas em que congregamos, já que o meio cristão de hoje está minado de lideranças que não tem o ensino bíblico como alvo principal. Essa é a razão de precisar escolher, com muito cuidado, aquela que respeita e ensina com fidelidade a Palavra do Senhor. Jesus mandou escolher a árvore pelos seus frutos. Portanto, quem aceita participar de instituições que usam doutrinas de demônios, vai ser manipulado, e corre o sério risco de pagar um preço muito alto por essa imprudência (I Tm. 4: 1-2). Por isso, quando aceitamos a Jesus como nosso único e exclusivo salvador, temos tudo para nascer de novo e entrar no reino de Deus. Mas é preciso ser prudente e atentar para porta que entramos, ou seja, verificar se ela é verdadeira ou falsa.

      Que o Senhor a quem servimos possa falar melhor ao seu coração.

 

                                                              Natanael de Souza