“… e não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do mal. ” (Mt. 6:13).
Jesus promete nos conduzir no caminho certo para vencer as hostes do mal. Mas devemos lembrar que o cumprimento de todas as suas promessas está condicionado à nossa atenção especial e obediência irrestrita ao que ele ensinou (Jo. 15: 7). Por isso, é necessário que observemos em detalhes a maneira pela qual ele comportou diante de cada desafio, e adotarmos atitudes semelhantes, pois ele foi o único homem que passou por esse mundo sem cometer um só pecado, e sem deixar se enganar pelo inimigo.
O versículo acima transcrito diz respeito à maneira pela qual devemos orar, pedindo a Deus que nos livre das tentações (Mt. 6: 9). Jesus ensinou a pedir esse tipo de livramento, mas também demonstrou de maneira prática a atitude que se deve tomar diante das abordagens do inimigo.
A Bíblia descreve que após o batismo nas águas do rio Jordão, o Senhor foi levado pelo Espírito ao deserto, para ser tentado (Mt. 4: 1). Após a consagração de quarenta dias e quarenta noites de jejum, o diabo se aproximou, e mesmo sabendo que se tratava do Filho de Deus, foi direto ao possível ponto mais fraco que Jesus podia ter naquele momento, mandando que ele transformasse pedras em pães para saciar a fome. (Mt. 4: 3). Cabe aqui uma observação: o inimigo sempre procura atacar no ponto mais vulnerável de sua vítima.
Perdendo na primeira tentativa passou para a segunda, desafiando o Senhor a pular de um abismo, para provar que era o Filho de Deus, e citando distorcidamente um texto bíblico como seu amparo (Mt. 4: 5-6). Novamente perdendo na segunda tentativa, passou para a terceira, oferecendo o domínio de todos os reinos do mundo, para que Jesus o adorasse (Mt. 4: 8-9). Mas em todas as tentativas o Senhor o respondeu com a interpretação correta da Palavra de Deus, deixando claro que tudo o que vem do diabo é enganoso, e nós só descobrimos isso quando confrontamos seus desígnios com a vontade de Deus. Por isso, devemos orar pedindo a proteção de Deus contra as tentações, mas também rebater as investidas do inimigo com a Palavra de Deus. Ela é a nossa espada (Ef. 6: 17). Vale lembrar que os ouvidos do Senhor estão atentos aos nossos pedidos, mas a fé que Nele depositamos deve ser acompanhada de nossas obras (Tg. 2: 26).
Assim, não basta orar pedindo a Deus e se acomodar esperando que tudo aconteça automaticamente. Se não queremos cair em ciladas satânicas, temos de buscar o conhecimento do evangelho de Jesus e guardar em nosso coração para combater o inimigo quando se fizer necessário (Ef. 6: 15). Isso deve ser feito com certeza e segurança no verdadeiro sentido de cada texto bíblico, pois satanás também conhece a santa Palavra, e está ávido para nos enganar aplicando-a de forma distorcida.
Nos dias em que vivemos o inimigo usa muito as pessoas mal intencionadas para distorcer a verdade. Jesus nos advertiu disso (Mt. 24: 24) Assim, mesmo sendo uma escolhida, a pessoa corre o risco de ser enganada por falsas doutrinas. Essa é a razão pela qual precisamos buscar a revelação da Palavra através do Espírito Santo, pois é Ele quem nos guia nos caminhos da verdade (Jo. 16: 13).
Amigo, está escrito que maldito é o homem que confia no homem; mas bendito é o homem que confia no Senhor (Jr. 17: 5 e 7). Portanto, ore a Deus pedindo a revelação da santa Palavra em seu coração, e guarde-a como algo precioso. Ela é a nossa espada contra o mal que aparece de surpresa. Veja o texto:
“… a palavra de Deus é viva, e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até ao ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e propósitos do coração” (Hb. 4: 12).