… Ele foi homicida desde o princípio e jamais se firmou na verdade, porque nele não há verdade. Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso e pai da mentira” (Jo. 8: 44).
Muitos de nós achamos normal falar uma mentirinha aqui, outra ali. Isso se tornou um costume corriqueiro e já faz parte de nosso dia a dia. Brincar com a mentira é tão normal, que foi lançado o dia de sua comemoração, e existe até uma cidade que disputa quem fala a maior mentira entre seus os moradores. Mas o que não se leva em conta é a origem da mentira e a quem ela realmente interessa. As Escrituras Sagradas declaram que o Senhor Jesus é o contrariador da mentira, pois ele é o caminho, a verdade e a vida (Jo. 14: 6).
O texto que acima reproduzimos relata as Palavras de Jesus referindo-se às qualidades do diabo, e declarando que ele é o pai da mentira. De fato, se buscarmos no princípio da criação, vamos descobrir que a primeira mentira de que se tem notícia foi proferida pela serpente que enganou Adão e Eva, provocando a entrada do pecado e da morte no mundo (Gn. 3: 5). Isso significa que mentir é uma atitude que agrada a satanás como espirito da serpente que ele é (Ap. 12: 9). Portanto, no momento em que falamos uma mentira estamos abrindo a porta para o espírito maligno entrar em nossa vida. Essa é a razão pela qual Deus não permite que os mentirosos entrem no reino dos céus. Veja o texto:
“Bem-aventurados aqueles que lavam as suas vestiduras no sangue do Cordeiro, para que lhes assista o direito à árvore da vida, e entrem na cidade pelas portas. Fora ficam os … impuros, os assassinos, os idólatras e todo aquele que ama e pratica a mentira. ” (Ap. 22: 14-15).
Aqui se fala daqueles que menosprezam seus efeitos e fazem dela uma brincadeira. Isso é uma indicação de que não se deve banalizar esse produto do diabo, porque a prática indiscriminada da mentira representa um acordo com ele, e uma negação da verdade, que é Jesus Cristo (Jo. 14: 6).
Muitas vezes essa pode ser a razão pela qual uma maldição aparentemente sem causa enraíza na vida de certas pessoas, e por mais que oramos ela continua em sofrimento sem nada melhorar. O motivo, quase imperceptível, é um acordo com o inimigo pelo fato de aceitar conviver com coisas veio dele e o agrada. A Bíblia mostra que quando aceitamos um acordo com alguém, em parte o estamos obedecendo. Ensinando-nos como agir, Jesus demonstrou que nada vindo do diabo deve ser aceito, mesmo que pareça ser algo inofensivo (Lc. 4: 3 a 12).
No caso específico da mentira encontramos relatos em que Deus permitiu o uso dela até mesmo por um dos profetas. Ao mandar Samuel para ungir Davi a rei de Israel, Deus o recomendou para que disfarçasse o motivo de sua presença dizendo que ali fora para praticar sacrifícios (I Sm. 16: 1 a 5). Mas essa permissão foi uma forma onde o Senhor mostrou que todas as coisas feitas por Ele têm o lado bom e podem ser usadas para as boas obras, quando feitas com o propósito de agradá-Lo.
Com toda a certeza, a rejeição dos mentirosos contumaz visa impedir que eles venham a banalizar a mentira e através dela cair no laço do diabo. Mas infelizmente em nosso tempo parece que isso já está acontecendo com milhões de pessoas, até mesmo com aquelas que fizeram opção por viver na prática do evangelho. No entanto, para aqueles que temem a Deus ainda há tempo de se livrar da armadilha, se tomarem conhecimento da verdade e se arrependerem, pois o Senhor intervém e dá o livramento. Veja o texto:
“O que habita no esconderijo do Altíssimo e descansa à sombra do Onipotente diz ao SENHOR: Meu refúgio e meu baluarte, Deus meu, em quem confio. Pois ele te livrará do laço do passarinheiro e da peste perniciosa. ” (Sl. 91: 1-2-3).
Amigo, nada é mais importante do que nossa salvação. Ela é o tesouro incorruptível que devemos ajuntar lá nos céus (Mt. 6: 20). Portanto, seja prudente, evitando praticar aquilo que Deus abomina. Muitos costumes que parecem algo ingênuo e inofensivo trazem atrás de si uma armadilha satânica. Na dúvida, ore a Deus e peça direção ao Espírito Santo, pois Ele não te deixará cair no engano (Mt. 16: 13).