“Não cesses de falar deste Livro da Lei; antes, medita nele dia e noite, para que tenhas cuidado de fazer segundo tudo quanto nele está escrito; então, farás prosperar o teu caminho e serás bem-sucedido.”(Js. 1:8).
Conforme está escrito, a arma de nosso combate na vida espiritual é a Palavra de Deus (2 Co. 10: 4). Por isso, quem não quer perder a batalha deve mantê-la bem avivada no coração, pois a situação de nosso espírito nesse mundo é semelhante à das ovelhas no meio dos lobos (Mt. 10: 16). Daí a necessidade de sermos prudentes, a fim de que não nos tornemos presas fáceis das influências malignas que campeiam pelos ares da terra a procura de corações distraídos (I Pe. 5: 8). Com toda certeza essa é uma das razões pelas quais Deus coloca os corajosos e prudentes em primeiro lugar (Jz. 7: 3 a7).
O texto acima reproduzido mostra uma parte das recomendações que Deus fez a Josué, quando esse assumiu a liderança do povo de Israel. A onisciência do Senhor percebeu que Josué se sentia abalado com a morte de Moisés. Por isso passou a recomendar algumas posturas básicas que um líder necessita para vencer os obstáculos, e entre essas recomendações estava a advertência para falar do livro da lei e meditar constantemente em seu conteúdo. Isso traria as condições – diz o Senhor - para fazer tudo conforme nele estava escrito. Em outras palavras Deus estava mostrando a Josué que obedecer corretamente aos Seus mandamentos era o caminho do sucesso para conduzir o povo de Israel e fazê-lo entrar na terra prometida (Js. 1: 2 a 5).
É bom observar que não bastava apenas falar sobre o livro da lei; mas também meditar intensamente no que se leu. Essa é, ainda hoje, a postura a ser tomada pelos cristãos que almejam prosperar enquanto estão aqui, e serem conduzidos ao reino dos céus após a morte (Lc. 16: 22). Ela nos leva a perceber e gravar importantes detalhes contidos nas entrelinhas da Palavra de Deus, e tende a impedir a estratégia do diabo que consiste em tirar do nosso coração a lembrança daquilo que lemos ou ouvimos (Mt. 13: 19). Isso quer dizer que tem muito mais chances de vitória quem, além de ler, medita na santa Palavra. Veja o texto que transcrevemos a seguir:
“Bem-aventurado o homem que não anda no conselho dos ímpios, ... Antes, o seu prazer está na lei do SENHOR, e na sua lei medita de dia e de noite.Ele é como árvore plantada junto a corrente de águas, que, no devido tempo, dá o seu fruto,...” (Sl. 1: 1-2-3).
O fruto, nesse sentido, representa guardar a espada da Palavra bem afiada em nosso coração, para repelir as influências do inimigo a qualquer momento. Jesus deixou o exemplo disso quando foi tentado no deserto logo após o batismo. Ele usou as Palavras contidas no livro da lei para rebater cada uma das tentativas de engano propostas pelo diabo (Mt. 4: 1 a 10). Isso mostrou que devemos ter o mesmo procedimento para vencer as investidas do maligno (Mt. 3: 17 e 4: 2).
Em nosso tempo nada mudou. A palavra do Senhor é a base para vencer as lutas da vida, e continua sendo uma espada de dois gumes, apta para discernir os pensamentos (Hb. 4: 12). Quando não a mantemos avivada em nosso coração corremos o sério risco de viver enganados e sofrer grandes decepções. Assim, meditar nela significa buscar ao Senhor de todo o nosso coração, e é a forma mais eficaz para encontrar a verdadeira direção de Deus. Veja o que Deus disse através do profeta. Eis o texto:
“Buscar-me-eis e me achareis, quando me buscardes de todo o vosso coração.” (Jr. 29: 13). Amigo, não se iluda. O aprendizado da santa Palavra vem através da revelação de Deus ao nosso coração (Mt. 16: 16-17 e I Jo. 2: 27). Muitas vezes a descoberta do verdadeiro sentido de determinado texto depende de nossa perseverança em meditar naquilo que Deus mandou constar das Escrituras. Portanto, podemos concluir que, ao mandar Josué meditar constantemente no livro da lei, Deus estava prevendo que a natureza pecaminosa do homem é extremamente frágil diante das armadilhas do inimigo.