Mensagem

A MARCA DE DEUS (II)

MSG 587 = 20/03/2018

Confrontando os mandamentos da Lei de Moisés, distinguimos claramente que o evangelho de Jesus é uma evolução no caminho de retorno aos privilégios concedidos ao homem no princípio da criação (Gn. 1: 27). Um dos detalhes que identifica essa verdade foi mostrado pelo apóstolo Paulo, quando rejeitou que os primeiros cristãos fossem circuncidados. Veja o texto:

       “Porque, em Cristo Jesus, nem a circuncisão nem a incircuncisão têm virtude alguma, mas sim o ser uma nova criatura.” (Gl. 6: 15).  

       A circuncisão era uma cerimônia religiosa onde se cortava a pele do prepúcio do órgão sexual masculino (Gn. 17: 10-11). Era o indicativo de que o circuncidado pertencia a Deus, e muitos se julgavam privilegiados em relação aos incircuncisos. Mas com a vitória de Jesus, o caminho da salvação deixou de ser restrito aos judeus, se estendeu a todos os povos, e a marca que identifica quem é do Senhor passou a ser no espirito, e não mais no corpo físico. Ela passou a ser um selo que só Jesus pode estabelecer, através do Espírito Santo. Veja o disse o apóstolo Paulo aos cristãos de sua época:

       “no qual também vós, tendo ouvido a palavra da verdade, o Evangelho da vossa salvação, ... fostes selados com o Espírito da promessa, a saber, o Espírito Santo, que é penhor da nossa herança para a redenção ...” (Ef. 1: 13-14).   
 
       Portanto, após a evolução trazida pelo evangelho de Jesus, o que nos distingue como propriedade de Deus é o batismo com o Espírito Santo, e não mais uma simples marca no corpo físico. A marca espiritual faz grande diferença no momento em que morremos, pois ela impede que os anjos do diabo nos recolham no inferno (I Jo. 5: 18).

       O efeito produzido por ela não só em vida, como também depois da morte, é uma das razões pelas quais podemos afirmar que somos nova criatura quando passamos a ser de Cristo (2 Co. 5: 17). Portanto, devemos sim nos espelhar nas atitudes de obediência do povo de Israel, mas nunca usar as práticas e doutrinas a que eles estavam obrigados naquela época, porque ISSO REPRESENTA UM RETROCESSO em nossa vida espiritual. Além do mais, estamos menosprezando o sacrifício de Jesus em nosso favor quando assim fazemos (Ver Fp. 13: 14).

       Por ignorarem a verdade, ou por conveniência de seus líderes, nos dias atuais,  certas igrejas ainda deixam de lado os mandamentos de Jesus, e preferem relacionar com seus membros nos preceitos da Lei de Moisés. Essa prática é uma negação da autoridade de Jesus, diante daquilo que Deus nos advertiu desde os primeiros mandamentos da Lei; e aquele a aceita põe em jogo sua salvação (Veja em Dt. 18: 18-19). Esse é um dos motivos pelos quais Jesus nos advertiu de que não reconhecerá aqueles que, mesmo fazendo sua obra, praticarem iniquidade. A iniquidade referida pelo Senhor é o pecado de desobedece-lo mesmo tendo conhecimento de sua vontade (Lc. 12: 47). Veja como Jesus nos avisou:

      “Muitos, naquele dia, hão de dizer-me: Senhor, Senhor! Porventura, não temos nós profetizado em teu nome, e em teu nome não expelimos demônios, e em teu nome não fizemos muitos milagres? Então, lhes direi explicitamente: nunca vos conheci. Apartai-vos de mim, os que praticais a iniquidade.” (Mt. 7: 22-23).  

       Portanto, o batismo com o Espirito Santo é a marca mais importante que o seguidor de Cristo pode alcançar, e aquele que a tem deve vigiar e orar para que ninguém derrube essa virtude concedida pelo Senhor (Mt. 3: 11).

       Amigo, seja simples, mas prudente. Busque conferir se aquilo que te mandam praticar está de acordo com o evangelho de Jesus. Nossa obrigação para com Deus é ouvir Jesus em primeiro lugar (Mt. 6: 33).

 
       Que Deus nos conceda a força e o poder para vencer todas as coisas.
 
                                                    Natanael de Souza