Mensagem

MALDIÇÃO POR IMPRUDÊNCIA

MSG 886 = 09/08/2022

     Ao instruir Josué, o Senhor deixou uma importante recomendação, mandando-o meditar sempre no livro da lei, para fazer tudo conforme nele está escrito (Js. 1: 8). Essa instrução permanece até hoje, para nós, como necessidade básica para buscar o aperfeiçoamento espiritual. Quando a desprezamos, deixamos de perceber pontos importantes da vontade do Senhor, contidos nas entrelinhas das Escrituras, e às vezes até atraímos maldição invés de bençãos, por conta de nosso relaxamento. Isso acontece porque temos a tendência de menosprezar detalhes apontados como transgressão da vontade do Senhor, cometendo o erro de achar que somos sábios aos nossos próprios olhos (Pv. 3: 7). Entre muitos detalhes importantes que menosprezamos, está aquele onde Deus adverte sobre a gravidade de confiar no homem, e o fazer de nosso braço forte, apartando nosso coração do Senhor (Jr. 17: 5). Veja o que acontece quando fazemos isso. Eis o texto:

      “Porque será como a tamargueira no deserto e não sentirá quando vem o bem; antes, morará nos lugares secos do deserto, na terra salgada e inabitável.” (Jr. 17: 6).

       Quando somos obedientes ao Senhor, as bençãos nos alcançam (Dt. 28: 2). Mas para que venhamos a tomar posse delas, precisamos perceber os sinais indicativos do momento em que elas vêm (I Re. 18: 43-44-45). A maldição para quem confia no homem e se aparta do Senhor, é o bloqueio dessa percepção. A pessoa que a pratica nunca é abençoada. Esse tipo de transgressão vai ainda mais longe, quando se trata de contribuição financeira para a obra de Deus. Boa parte dos evangélicos as entregam nas mãos do homem, e não pedem que esse preste contas. Essa é uma prática que amaldiçoa, ao invés de abençoar, pois ela obriga os fiéis a confiar no homem, sem ter certeza de que o projeto da salvação se beneficiou com aquilo que ofertamos (Jr. 17: 5). Isso gera uma maldição por imprudência, e revela relaxamento de nossa parte com as obras do Senhor (Jr. 48: 10). Essa é a razão pela qual Deus mandou, não só ler a Escritura, mais também meditar naquilo que nela está escrito. Isso significa buscar a vontade do Senhor de todo o nosso coração (Jr. 29: 13). A imprudência gera maldição, e fica caracterizada quando agimos de maneira diferente do que o Senhor mandou, pensando que Ele vai perdoar e não punir a falta cometida. Mas isso não acontece. Veja o texto:

      “O SENHOR é tardio em irar-se, mas grande em força e ao culpado não tem por inocente; ...” (Nm. 1: 3).

       Precisamos levar em conta que nosso relacionamento com Deus deve ter caráter especial, ou seja, devemos procurar nas entrelinhas das Escrituras o sentido profundo daquilo que ali está escrito. No caso das contribuições financeiras, fica caracterizado um erro grosseiro quando não somos informados, de forma comprovadamente legítima, sobre o emprego dos recursos. Isso não significa desconfiança em nossos gestores, pois sabemos que a grande maioria deles são pessoas tementes a Deus. Mas a verdade é que a falta da prestação de contas, configura nosso erro em confiar no homem, interrompendo nosso relacionamento com Deus. Portanto, não se trata de mera exigência humana, mas de cumprir a Palavra do Senhor. Normalmente as pessoas não procuram averiguar isso. Mas nas igrejas onde se prestam contas do destino das contribuições as bençãos são mais abundantes.

       Irmãos, esta mensagem não tem por objetivo criticar quem quer que seja; mas de alertar para a necessidade do correto cumprimento da Palavra do Senhor.

       Que o Senhor possa falar melhor ao seu coração.
 
                                                                Natanael de Souza