Libertação (I I)

         “Então, regressaram os setenta, possuídos de alegria, dizendo: Senhor, os próprios demônios se nos submetem pelo teu nome! ” (Lc. 10: 17).

      A tendência em esquecer as coisas que, de imediato, não despertam muito interesse, é        uma das limitações que influenciam diretamente nosso relacionamento com Deus. Privilegiados por viver num país cristão, ouvimos sempre sobre o que Jesus fez em nosso benefício. Mas as preocupações com as atrações ou necessidades imediatas, acabam por tomar espaço em nossa mente, deixando de lado a necessidade de meditar com mais profundidade naquele que, sem nenhuma culpa perante Deus, deu sua própria vida em nosso favor. Entretanto, pela misericórdia divina, quase sempre, aquela Palavra que ficou esquecida no fundo do nosso coração vem a aflorar e dar frutos na hora das angústias que a vida nos impõe. Esse é o caminho pelo qual o Espírito de Deus tem levantado muitas pessoas para se entregarem a Cristo. 

      Mas ainda assim,  passam despercebidos muitos detalhes profundos e importantes daquilo que Jesus fez por nós. Numa observação mais atenta sobre o versículo que transcrevemos acima, podemos notar que os discípulos voltaram da evangelização sentindo surpresos e alegres por ver que os demônios se tornavam submissos quando eles invocavam o nome de Jesus. Esse estado de surpresa e alegria  demonstrado por aqueles homens era a convicção  de que o poder do nome de Jesus transmitia força suficiente e capaz de libertá-los dos domínios espirituais malignos que até então reinava absoluto no mundo inteiro(I. Jo. 5: 19).

      Na maioria das vezes esquecemos de que antes da primeira vinda do Senhor, ninguém no mundo tinha autoridade para expulsar os demônios, e por isso, a grande maioria das pessoas era obrigada a viver sob o jugo deles. Observe essa revelação:

     “Contudo, o arcanjo Miguel, quando contendia com o diabo e disputava a respeito do corpo de Moisés, não se atreveu a proferir juízo infamatório contra ele; pelo contrário, disse: O Senhor te repreenda! “(Jd. 9).

      Mesmo tendo grande autoridade diante de Deus, o arcanjo Miguel não expulsou o diabo, porque naquela época ninguém ainda tinha autoridade para fazê-lo. Portanto, a autoridade espiritual para expulsar demônios e toda a sorte de males que eles provocam em nossa vida, foi concedida por Deus ao Seu Filho Jesus. Mas não parou por aí. Antes de subir aos céus Jesus delegou esse tipo de autoridade a todos aqueles que são seus discípulos (Jo. 8: 31), mostrando que, se vivermos em seus mandamentos, podemos nos libertar de inúmeros sofrimentos e influências maléficas provocadas pelos mensageiros satânicos. Veja o texto: 

      “Estes sinais hão de acompanhar aquelesque crêem: em meu nome, expelirão demônios; ...” (Mc. 16: 17). 

      Os agentes espirituais malignos que,ocultamente, passam a dominar as pessoas provocando várias situações desastrosas como: depressão, tristeza, desânimo, suicídio, vícios destruidores da moral e da saúde, entre outros, podem ser expulsos por qualquer cristão que crer de fato e de verdade na Palavra de Jesus. Veja que o texto desse versículo não exige que a pessoa seja ocupante de qualquer posição religiosa; mas apenas que creia em Jesus e seja batizada. 

      Portanto, amigo meu, se você é uma pessoa que já assumiu um compromisso com Jesus, para crer nele como seu único e exclusivo Salvador, não pense duas vezes em mandar embora, no nome dele,qualquer tipo desses males, logo nos primeiros sintomas. Seja prudente, não permitindo que eles te dominem. Coloque em prática a instrução que as Escrituras mandam. Veja o texto: 

     “Sujeitai-vos, portanto, a Deus; masresisti ao diabo, e ele fugirá de vós. ” (Tg. 4: 7).  

      Assume sua fé diante do Senhor, ainda que os fatos te pareçam impossíveis de acontecer, e Deus haverá de honrá-la. 

      Que o Senhor te abençoe e te guarde.