Mensagem

A LEI E A GRAÇA

MSG 550 = 5/7/2017

             Agradou ao Senhor, quando Pedro, se destacando dos demais discípulos, respondeu por revelação divina que Jesus era o Cristo, o Filho do Deus. Isso levou Jesus a mostrar a diferença entre sua missão e a missão dos demais profetas, pois nesse diálogo ele declarou que, sobre a pedra da fé, edificaria sua igreja (Mt. 16: 16-17-18).  Essa declaração indicou que o Senhor não veio para prosseguir com o sistema religioso estabelecido, mas para edificar algo novo, com novas regras, e de forma muito mais evoluída no processo que conduz a humanidade no caminho para a salvação. Era o cumprimento da promessa feita a quase quinze séculos, quando o Deus deu a Lei para que o povo de Israel obedecesse. Veja o que foi dito a Moisés:

      “Suscitar-lhes-ei um profeta do meio de seus irmãos, semelhante a ti, em cuja boca porei as minhas palavras, e ele lhes falará tudo o que eu lhe ordenar. De todo aquele que não ouvir as minhas palavras, que ele falar em meu nome, disso lhe pedirei contas. “ (Dt. 18: 18-19).     

       Portanto, muitas coisas que constam do tempo da Lei, podem ser tomadas como exemplos, tais como expressão de fé e obediência, ou outras que demonstram o caráter pelo qual Deus age com nós; mas as regras que devemos obedecer são as que Jesus determinou, mesmo porque quem não procede dessa forma desobedece a Deus, praticando um pecado semelhante ao de Adão.

      Os holocaustos foram substituídos pelo sacrifício do Filho de Deus no calvário, pois ele levou sobre si as nossas enfermidades espirituais, e delas somos sarados a parir do momento em que aceitamos sua aliança para obedecer aos mandamentos do evangelho (Is. 53: 4-5 e Mc. 16: 16). Portanto, Deus não nos eximiu de fazer sacrifícios. Mas substituiu o sacrifício exigido na Lei de Moisés pelo sacrifício que devemos fazer para obedecer aos mandamentos de Jesus, que na verdade são mais difíceis, pois eles exigem que neguemos a nós mesmos, para tomar aquilo que o Senhor considera como a sendo a nossa cruz. Veja o texto:

      “Chamando a si a multidão com seus discípulos, disse-lhes: Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me. “ (Mc. 8: 34).   

       Isso quer dizer que Jesus levou a cruz dele, e aquele que quiser se salvar terá que levar a sua. A cruz do Senhor consistiu basicamente em passar pelo mundo perdoando as ofensas, e ser condenado sem ter culpa por nossos pecados (Lc. 23: 34). A cruz que ele nos mandou levar está simbolizada em praticar dois mandamentos principais, como sendo: AMAR A DEUS SOBRE TODAS AS COISAS e AO PRÓXIMO COMO A NÓS MESMOS. A primeira forma de amor simboliza a haste de nossa cruz em posição vertical; e a segunda o braço em posição horizontal (Mc. 12: 30-31). Na verdade, o amor – como manda a Bíblia - é o dom mais precioso e mais difícil de ser vivenciado (I Co. 13: 1 a 8).

      Por isso, o peso da verdadeira cruz do cristão vai muito além dos sacrifícios materiais que eram exigidos antigamente para a expiação de pecados. Esse é o motivo de Jesus haver dito que se a justiça dos cristãos não exceder à dos fariseus, jamais poderemos ser salvos (Mt. 5: 20). Portanto, o sacrifício do altar foi substituído pela prática do verdadeiro amor, que, na verdade, é uma imitação do amor que Deus teve para com nós, enviando Seu Filho para pagar pelos nossos pecados (Jo. 3: 16). Essa é a Graça que recebemos imerecidamente. Dessa forma, nunca devemos esquecer de que a santificação é um importante princípio do caminho que leva a Deus, Veja o texto:


      “Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor, ” (Hb. 12: 14).

       Amigo, se Deus te chamou, não se engane com a aparência de bênçãos fora daquilo que Jesus mostra (I Pe. 1: 16-17-18-19).  Busque nas Escrituras o que ele ensinou e confere com o que você tem visto e ouvido hoje. Procure ser prudente e valente ao mesmo tempo (Jz. 7: 3 a 7). Não tenha medo de tomar decisões para obedecer ao que manda o evangelho de Jesus.

 
       Que o Senhor possa falar melhor ao seu coração.
 
                                                            Natanael de Souza