Mensagem

A JUSTIÇA DIIVINA

MSG 683 = 17/02/2020

      Disse Deus - através do profeta - que assim como os céus são mais altos que a terra, também Seus caminhos são mais altos que os nossos. A diferença entre os parâmetros da justiça divina e da nossa, é um exemplo disso (Is. 55: 9). Uma das razões dessa diferença é o fato de as pessoas crerem que o tempo de nossa vida se restringe ao curto período que vivemos na terra. Isso não condiz com os pensamentos do Senhor. Ele nos considera pelo tempo de nossa existência, incluindo o período de vida no corpo, e de vida espiritual após a morte. Essa divergência impede-nos de entender várias situações que ocorrem conosco. Jesus mostrou isso através de uma parábola, apresentando o questionamento do espírito de um homem que viveu rico, e morreu sem salvação; confrontando-o com outro – esse chamado Lázaro - que viveu na pobreza, e morreu salvo. Eis o texto sobre o clamor do rico, que estava no inferno, e viu Lázaro nas alturas celestiais:

       “... Pai Abraão, ...  manda a Lázaro que molhe em água a ponta do dedo e me refresque a língua, porque estou atormentado nesta chama. Disse, porém, Abraão: Filho, lembra-te de que recebeste os teus bens em tua vida, e Lázaro igualmente, os males; agora, porém, aqui, ele está consolado; tu, em tormentos. “ (Lc. 16: 24-25).

       Jesus não teve o intuito de indicar que a riqueza condena a alma, nem que a pobreza leva a salvação. Mas através da resposta de Pai Abraão, ele mostrou que Deus não deixa de nos fazer conhecer o mal e o bem em uma das duas fazes de nossa existência. Isso é o cumprimento do que foi pedido pelo casal de seres humanos no princípio da criação (Gn. 3: 5). Portanto, a pessoa pode ajuntar tesouro nessa terra, passar a vida numa situação confortável, mas se não buscar o reino de Deus e a justiça divina, vai amargar o mal depois da morte. Por outro lado, aquele que passa pela vida na pobreza, muitas vezes se queixa, mas vai ser compensado depois da morte. É por isso que Jesus mandou ajuntar tesouro no mundo espiritual não na terra (Mt. 6: 19-20-21). Contudo, a decisão é nossa; mas quando não damos ouvidos ao conselho do Senhor, vamos ser decepcionados como foi o homem rico referido na parábola formada por Jesus. Veja o que ele queria que lazaro fizesse:  

      “Então, replicou: Pai, eu te imploro que o mandes à minha casa paterna, porque tenho cinco irmãos; para que lhes dê testemunho, a fim de não virem também para este lugar de tormento. Respondeu Abraão: Eles têm Moisés e os Profetas; ouçam-nos.” (Lc. 16: 27-28-29).     

       Ouvir Moisés e os profetas, significa passar a viver pela justiça de Deus. Podemos rejeitá-la e se arrepender tardiamente, como vemos no caso do rico; ou viver no temor do Senhor, e ser levado aos céus pelos anjos quando a morte chegar (Lc. 16: 22). Isso quer dizer que colhemos o que plantamos (Gl. 6: 7-8). Esse é o caráter da justiça divina. Normalmente, a justiça do mundo é injusta, e isso ocorre porque avaliamos as coisas dentro da nossa pobre visão humana. Por isso, é importante que busquemos examinar as Escrituras, crendo que é a unção do Espírito Santo quem nos ensina (I Jo. 2: 27). Isso pode nos levar a ver as coisas com os olhos de Deus, e aproximar muito mais da vontade do Criador, visto que é da vontade Dele que o busquemos em Espírito e em verdade (Jo. 4: 23-24).
 
        Que Deus nos conceda a força e o poder para vencer todas as coisas.
 
                                                               Natanael de Souza