“Portanto todo aquele que me confessar diante dos homens, também eu o confessarei diante de meu Pai que está nos céus; mas aquele que me negar diante dos homens, também eu o negarei diante de meu Pai que está nos céus. ” (Mt. 10: 32-33).
Jesus fez intensas advertências recomendando-nos a prevenir contra os enganos. Ele sabia que com o decorrer do tempo iriam aparecer muitas pessoas que enganariam a muitos, fingindo crer na sua Palavra (Mt. 24: 4-5). Mas os detalhes da forma pela qual isso deveria acontecer não foram revelados. Por isso, compete a cada um de nós desprender esforços no sentido de buscar um entendimento correto do evangelho, para que não nos tornemos vítimas das astutas ciladas do inimigo. A prostituição da Palavra de Deus, negando disfarçadamente aquilo que Jesus ensinou, é muito comum em nossos dias (2 Tm. 4: 3-4). Muitos têm levado os seguidores de Cristo para o caminho do engano, fazendo-os negar a Jesus de maneira disfarçada.
Os versículos acima relatam a advertência do Senhor mostrando que ele negará perante Deus, aqueles que o negarem diante dos homens. Mas além desse texto existem outros igualmente rigorosos onde Jesus declara que não reconhecerá os praticantes de iniquidade, mesmo que tenham profetizado em seu nome (Mt. 7: 21-22-23). Por isso, é de grande importância examinar se não estamos cometendo esse grave erro. Existem várias formas de se negar a Jesus, e uma delas é quando deixamos de reconhecer a soberania de suas revelações. Numa comparação simbólica, a Bíblia mostra que as revelações dadas a Moisés são semelhantes à luz da lua, ao passo que as trazidas por Jesus se equiparam ao brilho do sol (Ap. 12: 1).
Ele enfatizou que para andar em seus passos devemos negar a nós mesmos, tomar nossa cruz e seguir (Mc. 8: 34). Isso representa considerar sua Palavra acima de qualquer outro conhecimento, mesmo porque a Palavra que ele passou foi mandada por Deus, e um dia vamos ter de dar contas ao Altíssimo do cumprimento ou não daquilo que ouvimos de Seu Filho na terra (Dt. 18: 18-19). Quando fala de não reconhecer os que praticaram iniquidades, Jesus faz uma referência direta aos cristãos que conheceram sua Palavra, e ainda assim não a obedeceram na prática do dia a dia (Lc. 12: 47-48). A iniquidade é semelhante à desobediência cometida por Adão e Eva; pode ser vista como o pecado consciente, e por isso é tida como um tipo de atitude que também nega a Jesus.
Partindo desse princípio, podemos imaginar a situação de milhões de cristãos que passam a vida engados sobre o verdadeiro cumprimento da vontade do Senhor, e morrem no engano. As Escrituras Sagradas revelam que o servo de Deus quando morre é recebido do outro lado da vida pelos anjos do Senhor, e levados para a glória (Lc. 16: 22). Esse tratamento de Deus para com Seus eleitos e fiéis já era revelado antes da vinda de Jesus. Veja esse salmo:
“O anjo do SENHOR acampa-se ao redor dos que o temem, e os livra. Provai e vede que o SENHOR é bom; bem-aventurado o homem que nele confia. ” (Sl. 34: 7-8).
Esse salmo testifica o que Jesus revelou na parábola onde descreve a morte de dois homens, representando a obediência e a desobediência. Lá, o Senhor mostra que o obediente, na pessoa de um mendigo, foi levado aos céus pelos anjos de Deus. Eles acamparam e o livraram, pois sem esse livramento o mendigo teria sido escravizado pelos anjos de satanás, conforme ocorreu com o outro que morreu na desobediência e foi para o inferno (Lc. 16: 23).
Portanto, negam a Jesus todos os que tomaram conhecimento de sua Palavra e não a puseram em prática por questões de medo de alguém ou de alguma coisa. É por isso que os medrosos não têm acesso ao reino dos céus (Ap. 21: 8). Deus já havia revelado mesmo antes da vinda de Jesus que Ele exclui os medrosos e os imprudentes (Jz. 7: 3 a 7).
Amigo, entrar pela porta estreita significa ser fiel cumpridor da Palavra de Deus, mesmo em condições adversas (Lc. 13: 23-24). Portanto, aconteça o que acontecer, não permita que ninguém te engane. Siga o que o Espírito Santo te ensina (I Jo. 2: 27). Deus tem coisas maravilhosas para aqueles que são fiéis e perseverantes (1 Co. 2: 9).