A INVEJA

MSG 956 = 15/01/2024

A inveja é o sentimento que o espírito da serpente - satanás - colocou no coração do homem, para cometer o primeiro homicídio na face da terra, logo depois que Deus julgou a rebelião humana e traçou as bases dos caminhos que os três elementos rebeldes haveriam de seguir, para satisfazer o desejo do casal Adão e Eva (Gn. 3: 14 a 17). Esse sentimento, que conduz à morte, inaugurou os domínios satânicos, imediatamente após satanás ser colocado na posição que o espírito do homem exercia, para dominar sobre a terra, ou seja, a parte do reino espiritual que abrange o primeiro e o segundo céus. Por isso, a inveja é o sentimento mais mesquinho e mais injusto que alguém pode alimentar dentro de si. Ela é tão injusta que seu portador a esconde lá no fundinho do coração para que ninguém a possa notar. Mas existem pessoas, nas quais ela é tão abundante, que apenas com um olhar já causam danos naquilo que vê no outro. No mundo espiritual a inveja desse nível é chamada de “seca pimenteira”. Veja sua primeira atuação, quando satanás tentou destruir a família de Adão e Eva. Eis o texto:

“E falou Caim com o seu irmão Abel; e sucedeu que, estando eles no campo, se levantou Caim contra o seu irmão Abel, e o matou.” (Gn. 4: 8).

Esse tipo de imperfeição ocorreu no princípio do mundo, e ainda hoje, milhares de anos depois, permanece vivo no coração de muitas pessoas. Quem tem, sabe que ele funciona como o veneno da serpente, e por isso tenta esconder para que ninguém perceba. Porém, acaba se revelando quando, em sã consciência, a colocamos em confronto com a verdade. Satanás a faz brotar no coração dos incompetentes, como um ardente desejo de ver invejado cair, muitas vezes de uma posição conquistada durante longos anos de trabalho. Ela se equipara a uma embriaguez tão forte, que o invejoso se sente mais satisfeito em ver o outro caído, que em conseguir o mesmo sucesso que sua vítima havia conseguido. Esse tipo de veneno mental segue com sua vítima quando ela morre, fica arquivado na memória de Deus, e é considerado na hora da decisão do destino de nossa alma. É ai que vamos descobrir que ninguém engana a Deus. Veja o texto:

“Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará.” (Gl. 6: 7).

O invejoso acha que ninguém sabe de suas maquinações, e por isso regozija com o mal do invejado. É de se imaginar o desespero de sua alma quando descobre que Deus tem em registro de tudo o que ela fez às ocultas. Jesus nos advertiu disso (Lc. 8: 17). O que nos entristece com profunda preocupação, em nossos dias, é o fato de que esse veneno mortal tem dominado a mente de muitos daqueles que servem ao Senhor, com o santo propósito de levar almas à salvação. Por incrível que pareça, eles invejam a unção de Deus na vida daqueles a quem Deus tem abençoado. É inacreditável ver que Davi viveu a mais de três mil anos atrás, e tinha profundo respeito à unção que Deus havia concedido a alguém, e os homens de hoje não têm o menor respeito por ela (1 Sm. 24: 2 a 6). É bom notar, que não estamos falando de incrédulos; mas daqueles que se dizem mestres, sobem nos púlpitos, e empolam o peito vomitando ordens e, em nome de Jesus. Cremos que isso é uma extensão daqueles fariseus a quem Jesus chamou de cegos guia de cegos (Mt. 15: 12-13-14). Portanto, amigos, quem não quer se decepcionar na hora que o Senhor for julgar seus feitos, deve expulsar de dentro de si o sentimento de inveja, certo que ele é uma hábil ferramenta de satanás.

Que o Senhor a quem servimos possa falar melhor ao seu coração.

Natanael de Souza