Inteireza de Coração (2)

        “Era Amazias da idade de vinte e cinco anos quando começou a reinar e reinou vinte e nove anos em Jerusalém; …Fez ele o que era reto perante o SENHOR; não, porém, com inteireza de coração” (2 Cr. 25: 1-2).

        É muito comum as pessoas expressarem um caráter diferente daquilo que realmente estão sentindo. Isso ocorre com frequência no meio religioso, quando passamos a sentir insatisfeitos com o sistema adotado pela denominação a que pertencemos, e com receio de aborrecer alguém, continuamos fingindo que estamos satisfeitos. Nessas condições, não estamos servindo a Deus de coração inteiro.  Esse tipo de conduta desagrada ao Senhor, mesmo porque, se somos fiéis cumpridores da santa Palavra, nosso descontentamento pode ser uma ação do Espírito Santo para nos fazer mudar para melhor, ou seja, crescer na graça. Essa é a razão pela qual devemos ser sinceros, e ter coragem para tomar decisões que agradem a Deus, mesmo desagradando aos homens.  Precisamos levar em conta que Deus nos vê pelo coração e não pela aparência exterior (1 Sm. 16: 7). Ele sabe se estamos ou não vivendo na verdade, e fazendo o que Ele manda através das Escrituras.

       Os versículos que acima apresentamos relatam sobre o comportamento de Amazias, rei de Judá, que reinou em 858 a. C.. Amazias realizou muitas das coisas estabelecidas nos mandamentos da Lei, mas demonstrou sua fragilidade, quando precisou colocar o exército para guerrear contra os edomitas (2 Cr. 25: 6 e 9). Mostrou ainda sua falta de confiança no Deus de Israel, quando cultuou a deuses estranhos trazidos dos inimigos que vencera (2 Cr. 25: 14). Apesar de obedecer em parte aos mandamentos do Senhor, Amazias não empregou seu coração inteiramente na confiança em Deus, e morreu pela espada do inimigo (2 Cr. 25: 27). A história de Amazias é apenas uma pequenina parte dos fatos que registram a derrota daqueles que conhecem a vontade de Deus, mas não tem fé para esperar totalmente Nele.

        Deus nunca aceitou nada pela metade, e especialmente quando se trata de nosso coração. Ele exige que sejamos obedientes e dedicados (Jr. 29: 13). Em nossos dias, é comum observar procedimento semelhante ao de Amazias em milhares de cristãos. Eles conhecem a vontade de Deus e até obedecem nas partes mais simples e comuns do dia a dia, mas não acreditam que podem vencer o inimigo pela unção que Dele receberam. Aqueles que assim procedem perdem a batalha da vida por pecado de omissão. A esse respeito, gostaríamos de lembrar que existem duas características principais de pecado: Por ação, quando praticamos algo que transgrida a vontade de Deus (1 Jo. 3: 4); e por omissão, quando deixamos de fazer o que devíamos (Tg. 4: 17). Com certeza, essa conduta errada fica na memória do Senhor, e chegará o dia em que ela será cobrada. Veja o que Jesus mostrou ao apóstolo João: Eis o texto:

       “Vi um grande trono branco e aquele que nele se assenta, de cuja presença fugiram a terra e o céu, e não se achou lugar para eles.   Vi também os mortos, os grandes e os pequenos, postos em pé diante do trono. Então, se abriram livros. Ainda outro livro, o Livro da Vida, foi aberto. E os mortos foram julgados, segundo as suas obras, conforme o que se achava escrito nos livros. ” (Ap. 20: 11-12).

        Amigo, não se deixe enganar. Nada há encoberto que não venha a ser revelado (Mt. 10: 26). Querendo ou não, um dia vamos ter de prestar contas a Deus de tudo que fizemos aqui, mesmo porque Ele nos ama ao ponto de dar Seu próprio Filho para nos resgatar das trevas espirituais. Portanto, sirva a Ele com inteireza de coração, sabendo que Ele se agrada das pessoas íntegras e corajosas (Jó 1: 8 e Js. 1: 7).

        Que o Senhor te abençoe e te guarde.