A Iniquidade

MSG 271 = 14/12/2011

"Então, lhes direi explicitamente: nunca vos conheci. Apartai-vos de mim, os que praticais a iniqüidade. ” (Mt. 7: 23).

Os olhos de Deus alcançam o íntimo de nossos sentimentos e considera com profundidade tudo o que fazemos ou desejamos. Eles veem e analisam o comportamento de nosso espírito com perfeição absoluta, e nenhum detalhe passa despercebido. Isso ficou evidenciado quando Deus mandou o profeta Samuel ungir Davi para ser rei (I Sm. 16: 1). Davi era visto como um jovem pastor de ovelhas, e não tinha a mínima expressão nem mesmo entre os de sua família. Mas Deus o escolheu pelo seu coração (I Sm. 16: 7). Fato semelhante aconteceu também com Maria mãe de Jesus, que diante da estranha notificação do anjo Gabriel, se portou com uma dignidade impressionante (Lc. 1: 38). Isso mostra que tanto no futuro como no presente ninguém pode enganar o Senhor. Muitas pessoas pensam que só vão ser julgadas no futuro quando Jesus voltar. Mas é bom lembrar que passamos também por um julgamento quando morremos, onde é definido o destino de cada um (Lc. 16: 22-23). Portanto, se queremos ser reconhecido por Jesus, devemos desviar do mal, pois Ele sabe de nossos sentimentos melhor que nós mesmos (Ap. 2: 2).

O versículo acima transcrito é uma séria advertência de Jesus para quem vive na prática da iniquidade, ou seja, para aqueles que desobedecem aos mandamentos declarados no evangelho, mesmo sabendo da vontade do Senhor. Em geral muitos pensam que o simples fato de participarem de um grupo religioso já é o suficiente para serem aprovados nos julgamentos que devemos enfrentar. Mas não é bem assim. No texto anterior a esse versículo Jesus profetizou que entre os próprios ministradores do evangelho muitos não seriam reconhecidos, pelo fato de terem sido praticantes de iniqüidade (Mt. 7: 22).

Ao declarar isso o Senhor deixou evidente que o fator principal para a entrada no reino da glória é o temor de Deus e prática de Sua justiça, e não o grupo religioso a que pertencemos. Para evitar enganos ele nos ensinou a prioridade que devemos adotar. Veja o texto:

“Buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça,...” (Mt. 6: 33).

Por isso, é importante que venhamos a observar se o grupo cristão, ou a igreja a que pertencemos ensina e pratica com rigor os mandamentos do evangelho. Devemos, antes de tudo, levar em conta que eles têm a incumbência de nos orientar. Mas o verdadeiro ensino vem do Espírito Santo. Veja o texto:

“Quanto a vós outros, a unção que dele recebestes permanece em vós, e não tendes necessidade de que alguém vos ensine; mas, como a sua unção vos ensina a respeito de todas as coisas, e é verdadeira, e não é falsa, permanecei nele, como também ela vos ensinou. ” (I Jo. 2: 27).

       Assim, a condição essencial para não ser visto como iníquo, é praticar detalhadamente tudo o que consta da Palavra de Deus, sem temer o que os homens possam fazer contra nós (At. 5: 29). Nunca devemos esquecer de que o Senhor vai pedir contas de nossos atos individualmente (Dt. 18: 19).

       Portanto amigo, seja prudente. Lembre que todos serão examinados com rigor, e muitos daqueles que hoje julgam estar servindo ao evangelho não serão reconhecidos por Jesus. Os motivos que os levarão a ser rejeitados é a falta de temor a Deus por parte daqueles que sabem da vontade do Senhor e não a praticam. Veja o texto:

“Aquele servo, que soube a vontade do seu senhor, e não se preparou, nem fez conforme a sua vontade, será castigado com muitos açoites; ” (Lc. 12: 47).

Que o Senhor te abençoe e te guarde.