IMPRUDÊNCIA

MSG 612 = 25-9-2018

Devemos admitir que todos nós somos humanos, e como tal, sujeitos a várias imperfeições. Mas algumas delas, que atuam como um mal quase imperceptível, não devem ser aceitas passivamente, pois elas podem provocar grandes estragos em nossa vida. Entre essas, está a imprudência. As Escrituras mostram que na escolha dos trezentos guerreiros de Gedeão, entre dez mil homens Deus encontrou nove mil e setecentos imprudentes. Eles foram rejeitados pelo Senhor como inaptos para enfrentar uma batalha importante (Jz. 7: 4-5-6). Ao rejeitar esses homens como guerreiros para a batalha contra os midianitas, Deus deixou claro que, se quisermos ser vencedores, devemos combater esse tipo de conduta que surge na maioria dos seres humanos. Na parábola das dez virgens Jesus confirmou isso, ao advertir contra os defeitos que não devem ter, aqueles que buscam a salvação. Ele mostrou que as cinco virgens descuidadas, que não levaram azeite em quantidade suficiente para esperar o noivo, em caso de atraso, e perderam a oportunidade de entrar para as bodas (Mt. 25: 10-11-12).

Essa parábola, exemplificando as cinco virgens néscias, foi formulada para advertir aos cristãos sobre a necessidade de estar sempre preparado para ser salvo, pois o nosso último dia – o dia da morte – pode nos pegar de surpresa. Nesse caso, se aceitarmos passivamente a imperfeição da imprudência, podemos perder a oportunidade da salvação. Conhecemos detalhes importantes do evangelho, conforme é o caso do perdão e da lei do amor, e não os colocamos em prática porque eles vão de encontro às nossas convicções. Essa é uma imprudência altamente perigosa, pois a partir do momento em que aceitamos Jesus como nosso único e exclusivo salvador, a vontade dele prevalece sobre a nossa. Veja o texto:

“Então, convocando a multidão e juntamente os seus discípulos, disse-lhes: Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, tome a sua cruz e siga-me.” (Mc. 8: 34).

Nossa cruz é composta dos dois mandamentos principais, ou seja, amar a Deus sobre todas as coisas; e ao próximo como anos mesmos (Mc. 12: 29-30-31). A prática desses dois mandamentos representa passar por cima de nossa vontade e vivenciar a vontade do Senhor. Não adianta fugir deles e correr para a lei de Moisés. O Senhor conhece nossas obras. Aqueles que cometem tal imprudência têm tudo para ser rejeitado pelo Senhor na hora do julgamento (Mt. 7: 22-23).

Amigo, Deus já mostrou que vence a batalha quem é valente e prudente. Portanto, não aceite a imprudência. Coloque sua vida nos princípios ensinados por Jesus, ainda que isso possa te custar muito. Lembre-se de que o Espírito Santo, o único que nos conduz no caminho da verdade, só flui em nós quando cremos em Jesus como dizem as Escrituras (Jo. 7: 38).

Que Deus nos conceda a força e o poder para vencer todas as coisas.

Natanael de Souza