Identidade Espiritual

MSG 370 DE 5-11-2013

“… Conheço a Jesus e bem sei quem éPaulo; mas vós, quem sois? E, saltando neles o homem que tinha o espírito maligno e assenhoreando-se de dois, pôde mais do que eles; de tal maneira que, nus e feridos, fugiram daquela casa.” (At. 19: 15-16).

No mundo físico, onde vemos e definimos todas as coisas de maneira natural, somos identificados através de documentos que prova quem somos ou qual o grau de influência que exercemos perante as outras pessoas. Se não tivermos uma forma de identificação, corremos o risco de não ser reconhecidos e consequentemente não ser respeitados em nossos direitos adquiridos perante a sociedade. No mundo espiritual também há uma forma de ser identificado, mas de maneira bem diferente. É pela luz que reflete em cada um, e brilha na medida em que evoluímos na comunhão com Deus, através da prática e obediência de Sua vontade. Essa é a razão pela qual Jesus declarou que nós somos a luz do mundo (Mt. 5: 14). Ele não falava de uma luz que faz clarear o cenário do mundo natural; mas da luz que exala do espírito, distinguindo nosso status perante Deus.

Os versículos que reproduzimos acima relatam um fato, onde esse tipo de identificaçãoespiritual foi posto em evidência. Ocorreu com sete judeus incrédulos que tentaram expulsar um demônio através do nome de Jesus a quem Paulo pregava (At. 19: 13-14). O texto é uma demonstração autêntica do que acontece com o espírito das pessoas que não assumem um compromisso com a Palavra de Deus. Ele mostra que mesmo sendo filhos de um sumo sacerdote, aqueles homens não foram reconhecidos e nem respeitados pelo demônio a quem pretendiam expulsar, e tiveram de fugir feridos e nus (At. 19: 16).

É grande o número das pessoas que confiam em ser reconhecidas e respeitadas na vida secular, e deixam de zelar pela vida espiritual. Elas podem até nunca precisar ser reconhecidas espiritualmente enquanto estão aqui. Mas com certeza vão ter problemas sérios no dia em que morrer e descobrir que sua existência não terminou com a perda do corpo físico. Jesus mostrou isso na parábola que discorre sobre o que aconteceu com o mendigo Lázaro e outro homem rico após a morte (Lc. 16: 19 a 24).

Os textos do evangelho mostram claramente que, como promotores de todos os males nesse mundo, o diabo e seus anjos identificam e são obrigados a respeitar as pessoas íntegras e sinceras para com Deus. Essa foi a razão pela qual Jesus repreendeu duramente o líder da igreja de Laodicéia, que estava confiante na sua riqueza material (Ap. 3: 15-17-18).

Normalmente as atrações do mundo enchem nossa alma de desejos, afim de não deixar espaço para que nos dediquemos às coisas de Deus. Mas isso é uma ação natural do inimigo contra a qual devemos precaver, conforme recomendou o Senhor. Veja o texto:

“Passará o céu e a terra, porém as minhas palavras não passarão. Acautelai-vos por vós mesmos, para que nunca vos suceda que o vosso coração fique sobrecarregado com as conseqüências da orgia, da embriaguez e das preocupações deste mundo, e para que aquele dia não venha sobre vós repentinamente, como um laço.” (Lc. 21: 33-34).

O apóstolo Paulo cumpriu o tempo dele aqui, combatendo o bom combate, encerrando a carreira e guardando fé (2 Tm. 4: 7). Mas na carta aos Efésios capítulo 6 versículos 14 a 18, ele nos ensinou a maneira pela qual devemos viver para adquirir uma identidadeespiritual capaz de ser respeitada pelos demônios que infestam esse mundo, desnudando as pessoas, independente da fama ou riqueza que elas possam possuir.

Amigo, dedique algum tempo para examinar as Escrituras (Jo. 5: 39). Você vai descobrir que a maior riqueza da vida está na comunhão com Deus. Muitas pessoas têm deixado se levar pelas coisas deste mundo, e só Deus sabe o que o que acontece com elas do outro lado da vida. Portanto, busque ao Senhor enquanto é tempo (Is. 55: 6).

Que o Senhor te abençoe mais e mais.