“O filho honra o pai, e o servo, ao seu senhor. Se eu sou pai, onde está a minha honra? E, se eu sou senhor, onde está o respeito para comigo? —diz o SENHOR dos Exércitos a vós outros, ó sacerdotes que desprezais o meu nome. Vós dizeis: Em que desprezamos nós o teu nome? ” (Ml. 1: 6).
Pela lei natural da vida, tudo muda na medida em que avançamos no tempo, e chegará o dia em que a própria terra será coisa do passado, e tudo se fará novo (Ap. 21: 1). Entretanto, o Deus que nos criou para honrar e glorificar Seu nome é o mesmo de eternidade em eternidade (Tg. 1: 17). Assim, a evolução tende nos levar à mudança de comportamentos, e se não vigiarmos acabamos mudando a forma pela qual devemos estabelecer nosso relacionamento com o Senhor. É por essa razão que a maioria das pessoas são fervorosas nos primeiros tempos de conversão, e depois vão “esfriando” na fé, e desonram a Deus sem perceber o perigo que estão correndo.
O versículo acima relata exemplo de um tipo de desvio semelhante. Ele reproduz a advertência de Deus através do profeta Malaquias, numa época em que os sacerdotes negligenciavam o rigor exigido no cumprimento da Lei de Deus, sem sentir que estavam tratando com o Senhor de forma desprezível. Veja o que Deus disse. Eis o texto:
“Ofereceis sobre o meu altar pão imundo e ainda perguntais: Em que te havemos profanado? Nisto, que pensais: A mesa do SENHOR é desprezível. Quando trazeis animal cego para o sacrificardes, não é isso mal? E, quando trazeis o coxo ou o enfermo, não é isso mal? Ora, apresenta-o ao teu governador; acaso, terá ele agrado em ti e te será favorável? — diz o SENHOR dos Exércitos. “ (Ml. 1: 7-8).
Esses dois versículos deixam clara a ideia de que os sacerdotes não percebiam a gravidade da negligência que estavam praticando para com Deus. Eles tinham se deixado levar pela evolução dos tempos ou pelas atrações do mundo. O poder de entrar sem ser percebido é uma das faces perigosas do pecado. Ele tem origem nas astúcias da serpente (Gn. 3: 1 e Ap. 12: 9). É por isso que Jesus nos advertiu a vigiar e orar para não entrarmos em tentação, pois o inimigo anda em nosso derredor esperando uma oportunidade para fazer-nos errar diante de Deus (I Pe. 5: 8).
Os dias em que vivemos estão muito próximos da volta de Jesus, e, sabendo disso, o inimigo de nossas almas intensifica suas ações para enganar o máximo de pessoas possível (Mt. 24: 24). Por isso, devemos ser prudentes e não deixar de honrar a Deus na maneira pela qual O tratamos, pois Ele deve ser considerado de forma especial em nossa vida. Essa é a atitude através da qual expressamos que O amamos acima de todas as coisas (Mc. 12: 30).
Se permitimos a imprudência no trato com as coisas de Deus, normalmente não percebemos quando o relaxamento começa a parecer algo normal. A partir daí a tendência é alimentarmos o caminho do erro pensando que estamos certos. O segundo texto que reproduzimos deixa extremamente claro o descaso que os sacerdotes daquela época estavam praticando para com Deus. O Senhor reclama da oferta de animais cegos, aleijados e enfermos, e mostra que nem mesmo as autoridades terrenas ficariam satisfeitas em receber tais ofertas.
Muitos de nós hoje praticamos erros semelhantes, quando ofertamos a Deus as pequenas moedinhas que estão sobrando em nosso bolso. Às vezes elas são tão desprezíveis que nem os mendigos as aceitariam. É bom lembrar que o Deus do tempo de Malaquias não mudou. Da da mesma forma que Ele considerou as ofertas de animais coxos, Ele considera hoje as nossas. Portanto, a Palavra que Ele deu aos sacerdotes daquele tempo pode ser uma advertência atual para nós também. Nunca devemos esquecer que Deus é justo. Ele honra aos que O honram, e tem em pouca conta os que o desprezam (I Sm. 2: 30b).
Amigo, quando ofertamos a Deus através de uma igreja, a responsabilidade de bem administrar aquilo que entregamos, é de quem recebeu. Se esse intermediário não fizer conforme manda o Senhor, ele é quem será cobrado. Portanto, procure honrar a Deus, oferecendo o melhor que você puder, sem se preocupar se alguém vai ficar rico com a oferta desviada, mesmo porque está escrito que de Deus não se zomba, pois tudo que o homem plantar isso também ceifará (Gl. 6: 7).