GUARDANDO A PALAVRA

MSG 504 = 4/8/2016

“Guardo a tua palavra no meu coração para não pecar contra ti. ” (Sl. 119: 11).

Quando possuímos algo importante, procuramos guardar em lugar seguro, para não acontecer que alguém mexa ou roube. Esse é o procedimento que fazemos com as coisas no mundo. Portanto, deve ser também a atitude normal daqueles que amam a Deus, quando recebem a Sua Palavra. A diferença está no fato de não a vermos a olho nu, porque ela é um bem espiritual. Mas na verdade, é o bem mais precioso que alguém pode ter, já que é espírito e vida para aquele que a recebe (Jo. 6: 63). A Palavra de Deus é considerada a semente da verdade, que dá o fruto no tempo determinado pelo Senhor. Por isso, o inimigo de nossas almas está sempre tentando roubá-la de nosso coração (Lc. 8: 12).

O versículo que acima reproduzimos é uma declaração de Davi, num gesto de mostrar o quanto a Palavra de Deus era importante para ele. Se examinarmos as Escrituras, podemos perceber que as atitudes de fé e confiança demostradas por Davi perante o Senhor deram frutos maravilhosos. Ele nunca perdia a batalha, e venceu a grande maioria de suas lutas, pois consultava ao Senhor antecipadamente sobre quais decisões deveria tomar (I Sm. 23: 1-2). Esse é um caminho que deve ser seguido por cada cristão que almeja ser vencedor. Deus não se faz presente quando planejamos as coisas e executamos por nossa conta, sem primeiro colocar diante Dele em oração. Veja o texto:

“Atendei, agora, vós que dizeis: Hoje ou amanhã, iremos para a cidade tal, e ... negociaremos, e teremos lucros. Vós não sabeis o que sucederá amanhã.... Em vez disso, devíeis dizer: Se o Senhor quiser, não só viveremos, como também faremos isto ou aquilo. ” (Tg. 4: 13-14-15).

O apóstolo Tiago adverte que, quando conhecemos a Palavra de Deus e tomamos decisões por nossa própria conta, somos vistos como arrogantes e por isso os resultados de nossa atitude corre o risco de se tornar em maldição invés de benção (Tg. 4: 16-17). Com toda certeza, muitos têm caído nesse tipo de erro, dando brecha para entrada do inimigo. Essa é a razão de muitas pessoas perderem os bens, e irem para a falência. Isso fica ainda mais claro quando alguém, que perdeu tudo o que tinha, se volta para a prática do mandamento do Senhor e logo reverte a situação. A restituição do que perdemos é uma promessa de Deus para aquele que reconhece seus erros e se converte (Joel 2: 25-26).

Devemos ter a consciência de que aquele que conheceu a Palavra do Senhor e não fez conforme sua vontade, é castigado na proporção do peso de seu erro, já que a quem muito foi dado, muito será pedido (Lc. 12: 47-48). Esse é um detalhe da justiça divina, a que estamos sujeitos, quando tomamos conhecimento de que há um Deus soberano que criou todas as coisas. O que Ele mais quer daqueles para quem Ele se revela é a obediência à santa Palavra. Entretanto, devemos atentar para o fato de que - nos dias atuais – aquele a quem Deus chamou para o caminho santo, não precisa de intermediários. Jesus é quem exerce essa função entre nós e Deus. Veja o que disse o apóstolo João. Eis o texto:

“Filhinhos meus, estas coisas vos escrevo para que não pequeis. Se, todavia, alguém pecar, temos Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo; e ele é a propiciação pelos nossos pecados… ” (I Jo. 2: 1-2).

É preciso ficar bem claro que a função de nossos líderes nas igrejas é ensinar os detalhes da santa Palavra, para permanecermos como discípulos do Senhor (Jo. 8: 31-32). Devemos ter em conta que ela deve entrar em nosso coração por revelação divina (Mt. 16: 17 e I Jo. 2: 27). Portanto a tarefa humana é apenas de ministração da maneira pela qual alcançamos a graça que nos foi concedida através do sacrifício de Jesus.

Amigo, não se deixe enganar pelos falsos profetas (Mt. 24: 3-4-5). Busque o conhecimento da Palavra de Deus, guarde em seu coração para cumprir fielmente, e com certeza você brilhará como o sol do meio dia. Veja o texto:

“Entrega o teu caminho ao SENHOR, confia nele, e o mais ele fará. Fará sobressair a tua justiça como a luz e o teu direito, como o sol ao meio-dia.” (Sl. 37: 5-6).

Que o Senhor a quem servimos possa falar melhor ao seu coração.