FRUTOS DE NOSSAS AÇÕES

MSG 976 = 10/04/2024

As Escrituras declaram que Deus não vê o homem como nós. Nós o avaliamos pelo exterior e pelo que ele fala; mas o Senhor o vê pelo coração, ou seja, pelo perfil de seu espírito (I Sm. 16: 7). Ele conhece nossos pensamentos, e quem vive na prática do mal, fica na terra quando morre. Por isso, o mundo espiritual da superfície terrena se torna cada vez mais insuportável. Aqui ficam as almas dos ladrões, dos assassinos, dos mentirosos, e de todos aqueles que, sem nenhuma luz no espírito, morrem sem salvação. Eles ficam ocultos aos nossos olhos, mas nus e patentes aos olhos de satanás, que os escraviza, obrigando-os a fazerem o que ele manda (Lc. 16: 24). É a justiça divina. Em vida, rejeitaram o convite de Jesus; mas depois de mortos tardiamente suas almas recobram a consciência, e descobrem que terão de passar centenas de anos em humilhação e sofrimento, numa situação muito pior que antes. Na verdade, se elas tivessem observado um simples versículo da Palavra do Senhor, estariam em melhor posição em vida espiritual. Veja o que Deus disse através do profeta. Eis o texto:

“Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e perverso; quem o conhecerá? Eu, o Senhor, esquadrinho o coração e provo os rins; e isto para dar a cada um segundo os seus caminhos e segundo o fruto das suas ações.” (Jr. 17: 9-10).

Os frutos de nossas ações podem ser bons, se tivermos temor a Deus; ou maus, se aceitamos que influências diabólicas dominem a nossa mente. De uma ou de outra forma, o resultado depende de nossas decisões. Assim, aqueles que não temem a Deus hoje, com certeza, estarão obedecendo aos domínios satânicos amanhã. O julgamento de Deus que decide nosso destino espiritual acontece no momento em que morremos (Jo. 12: 48). Tudo o que Deus colheu do fruto de nossas ações está na sua memória, e será posto diante de nós, mostrando que, quando fizemos o bem, adquirimos luz; e quando fizemos o mal, acumulamos trevas (Mt. 6: 22-23). Independente de religião, nossa solidariedade para com as pessoas é considerada. Em muitos casos, pessoas sem religião alguma tem mais luz que os religiosos. Jesus mostrou isso quando indicou quem é o nosso próximo (Lc. 10: 29 a 37). Portanto, muitas pessoas, quando morrem, não chegam ao paraíso, mas pela luz da sabedoria, e solidariedade que tiveram para com os outros, alcançam altas posições nos céus, mesmo continuando nos domínios satânicos. É a reta justiça divina, onde Deus compensa a cada um segundo suas obras. Jesus mostrou que frutos amargos de nossas ações podem gerar danos irreparáveis para nossa alma. Veja o que ele disse a respeito dos conflitos entre nós e as outras pessoas:

“Concilia-te depressa com o teu adversário ... para que não aconteça que o adversário te entregue ao juiz, e o juiz te entregue ao oficial, e te encerrem na prisão. Em verdade te digo que de maneira nenhuma sairás dali enquanto não pagares o último ceitil.” (Mt.5: 25-26).

Ele se refere ao resultado de nossas ações, mostrando que elas determinam a forma em que vamos viver, quando passarmos para o mundo espiritual. Assim, um bom relacionamento com as outras pessoas pode ajudar muito, quando passarmos para o outro lado da vida, pois Deus valoriza a solidariedade, e mostra que ela vai fazer grande diferença no fim dos séculos (Mt. 25: 34-35-36).

Que o Senhor possa falar melhor ao seu coração.

Natanael de Souza