“porque a nossa luta não é contra o sangue e a carne, e sim contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes.” (Ef. 6: 12).
O homem foi concebido para viver em meio às grandezas da criação de Deus, com o direito de livre escolha do caminho a seguir. Deus o colocou em grande abundância, avisando-o de que tudo poderia mudar para pior, se ele O desobedecesse. Mas deixando o conselho de seu Criador o ser humano optou por conhecer o mal (Gn. 3: 6). Por isso, atendendo a esse desejo, Deus permitiu que o espírito da serpente viesse à existência como executor do mal (Ap. 12: 9). Essa foi a origem da força espiritual maligna que assumiu os domínios do mundo no princípio da criação (Lc. 4: 6).
O versículo transcrito acima relata a declaração do apóstolo Paulo, mostrando que é contra essas forças que devemos lutar. Quando se refere a carne e sangue o apóstolo indica que na verdade não temos de lutar contra as pessoas que se colocam em oposição ou perseguição a nós, mas contra os espíritos malignos que as enganam, inspirando-as para fazer isso. Ele deixa claro então que as contendas, os roubos e as mortes são provocados pela influência de um tipo de agente espiritual maligno, que comanda a partir das regiões celestes. Mas as Sagradas Escrituras revelam que isso não permanecerá para sempre. Veja o que foi mostrado ao apóstolo João, e que ainda está para acontecer. Eis o texto:
“Houve peleja no céu. Miguel e os seus anjos pelejaram contra o dragão. Também pelejaram o dragão e seus anjos; todavia, não prevaleceram; nem mais se achou no céu o lugar deles. E foi expulso o grande dragão, a antiga serpente, que se chama diabo e Satanás, o sedutor de todo o mundo, sim, foi atirado para a terra, e, com ele, os seus anjos.” (Ap. 12: 7-8-9).
Esse texto mostra que o espírito visto na forma de um dragão atua nas regiões celestes, é a antiga serpente que enganou o primeiro casal do mundo e despertou a natureza do pecado na terra. Mostra também que ele não age sozinho, mas com seus anjos. Isso nos leva a entender que da mesma forma que existem os anjos do bem para ministrar a favor dos herdeiros da salvação (Hb. 1: 14), também existem, em sentido contrário, os anjos do mal enviados para impedir que sejamos salvos (Lc. 8: 11-12).
Por isso, se não queremos perder a batalha pela vida eterna, devemo-nos revestir das armaduras de Deus, através de princípios adotados em nossa maneira de viver. Veja o texto:
“Estai, pois, firmes, cingindo-vos com a verdade e vestindo-vos da couraça da justiça. Calçai os pés com a preparação do evangelho da paz; embraçando sempre o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do Maligno. Tomai também o capacete da salvação e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus;”(Ef. 6: 14-15-16).
A falha em qualquer um desses princípios nos deixa vulneráveis aos anjos do mal, que procuram constantemente influenciar nossos pensamentos e decisões para que venhamos a tropeçar e perder a graça imerecida conquistada por Jesus na cruz do calvário. Essa é a razão pela qual o apóstolo Pedro nos recomenda a ser sóbrios e vigilantes (I Pe. 5: 8). A cada dia que passa precisamos estar mais atentos a esses princípios, já que as atrações do mundo aumentam constantemente.
Amigo, não se deixe enganar pelas artimanhas sutis e disfarçadas das potestades malignas. Jesus advertiu a esse respeito quando encontrou os discípulos dormindo ao voltar da oração. Veja o que ele disse: “Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca.” (Mt. 26: 41). Portanto, viva pelo Espírito e não satisfaça a concupiscência da carne (Gl. 5: 16).