Mensagem

Fidelidade a Deus (4)

MSG 392 DE 8/4/2014

                                        

         “Resolveu Daniel, firmemente, não contaminar-se com as finas iguarias do rei, nem com o vinho que ele bebia; então, pediu ao chefe dos eunucos que lhe permitisse não contaminar-se.” (Dn. 1: 8).   

       Em maior ou menor grau as influências do mundo afetam todos aqueles que nele vivem. As coisas evoluem com extrema rapidez despertando em nós a curiosidade e o desejo cada vez maior de participar daquilo que é moderno, e que muitas vezes traz melhor qualidade de vida. Isso bom, e é da vontade de Deus que o homem coma o melhor dessa terra (Iz. 1: 19). Mas Jesus mandou vigiar e orar para não entrar em tentação. Por isso, devemos buscar o equilíbrio entre os desfrutes das ofertas do mundo e o dever de observar e praticar aquilo que o Senhor manda fazer, não descuidando de colocar em primeiro lugar o que consta da santa Palavra.

       O versículo que reproduzimos acima relata a atitude de Daniel quando lutou para se manter em fidelidade aos princípios recomendados por Deus. Como um dos escolhidos para participar das finas iguarias na mesa do rei da Babilônia, e não podendo recusar à ordem, ele propôs em seu coração não se contaminar com comidas que eram abomináveis aos mandamentos do Deus de Israel. O Senhor honrou poderosamente sua fidelidade. Tocou no coração do Oficial a quem Daniel devia obedecer, e esse aceitou que ele pudesse comer apenas legumes por algum tempo a título de experiência. O resultado foi surpreendente. Veja o texto:

      No fim dos dez dias, a sua aparência era melhor; estavam eles mais robustos do que todos os jovens que comiam das finas iguarias do rei.” (Dn. 1: 15).

       Uma coisa fica evidente. Se não tivesse o princípio da fidelidade em seu coração, Daniel teria considerado essa oferta como uma grande benção, pois sair do meio dos escravos para viver perante o rei, com certeza, poderia ser visto como uma grande mudança de vida. Mas o compromisso com a obediência a Deus falou mais alto, e o Senhor abriu o caminho do sucesso para ele e seus companheiros (Dn. 1: 19-20).
       Nos dias em que vivemos é muito raro encontrar cristãos que colocam a fidelidade e o compromisso com os mandamentos do evangelho verdadeiramente em primeiro lugar na sua vida. A grande maioria se deixa contaminar facilmente com as “iguarias da mesa do rei” que lhe é ofertada, e acaba colocando os deleites do mundo em primeiro plano. A vertente triste dessa situação é imaginar o que acontecerá com eles.   Independente da posição que exercem sobre os outros, parece que satanás chega-lhes os olhos do espírito, e eles não estão “nem aí” para as contas que devem prestar a Jesus.  Veja o que diz santa Palavra. Eis o texto:

      virá o Senhor daquele servo no dia em que o não espera e numa hora que ele não sabe, e separá-lo-á, e lhe dará a sua parte com os infiéis.  E o servo que soube a vontade do seu senhor e não se aprontou, nem fez conforme a sua vontade, será castigado com muitos açoites.” (Lc. 12: 46-47).   

       Muitos estão pensando que esse texto só vai se cumprir quando Jesus voltar. Mas a esses gostaríamos de lembrar que de Deus não se zomba (Gl. 6: 7). No momento em que somos alcançados pela morte, dependemos dos anjos de Deus para conduzir nossa alma (Lc. 16: 22-23). Entretanto, está escrito que o anjo do Senhor só acampa ao redor daqueles que O teme (Sl. 34: 7). Portanto, se fomos infiéis é porque não tememos, e aí a coisa se complica, mesmo que tardiamente venhamos arrepender (Lc. 16: 24-25-26). 

       Amigo, o crente infiel à Palavra de Jesus poderá até ser salvo. Mas vai levar muitos açoites. Isso quer dizer que depois da morte ele poderá ficar no deserto – nos domínios de satanás – até o Juízo final, que só vai acontecer a mais de mil anos de nosso tempo (Ap. 20: 11-12-13). Portanto, fidelidade a Deus é um princípio precioso, e se queremos alcançar a coroa da vida não devemos abrir mão dele por nenhum deleite desse mundo (Ap. 2: 10).

       Que o Senhor possa falar melhor ao seu coração.