“Depois destas coisas e desta fidelidade, veio Senaqueribe, rei da Assíria, e entrou em Judá, e acampou-se contra as cidades fortificadas, pensando em apoderar-se delas.” (2 Cr. 32: 1).
Quase sempre não percebemos a diferença no mover da justiça divina, quando fazemos comparação entre os fatos que surgem com nós, e os que ocorrem com as pessoas incrédulas. Esse aspecto da vida espiritual tem sido questionado, e existe até quem ache que a fidelidade aos mandamentos de Deus é infrutífera (Mal. 2: 17). Mas é necessário levar em consideração que o tempo de Deus é diferente do nosso (Is. 55: 9). Ele vê nosso interesse no presente e no futuro, e nós, em geral, só consideramos o momento imediato, principalmente quando estamos passando por tribulações. Às vezes só depois de muitas lutas é que vamos compreender que a demora de Deus era necessária para aprendermos a perseverar, e confiar que Suas promessas. Os fatos têm mostrado que mais cedo ou mais tarde as bênçãos do Senhor alcançam os que são perseverantes. Isso foi o que aconteceu com o rei Ezequias, mais ou menos no ano 740 a.C.
Ele começou a reinar ainda jovem, e fez o que era reto aos olhos do Senhor. Deixou de lado o exemplo do rei Acaz, seu pai, e se espelhou no comportamento de Davi, que havia reinado a mais de trezentos anos (2 Cr. 29: 1-2).
Mesmo em tempo de paz, Ezequias perseverou em cumprir os mandamentos da lei de Deus, mas um dia veio a adversidade. Isso mostra que, independente de nossa fidelidade, estamos sujeitos a ser abordados pelo mal a qualquer momento, mas não indica que Deus está deixando de fazer justiça a nosso respeito. Ele cuida de nosso interesse de maneira muito mais profunda do que pensamos.
A história de Ezequias é um testemunho de que vale a pena ser fiel a Deus. O inimigo se achava fortalecido e confiante em si mesmo, pelo fato de haver derrotado vários reis antes de chegar ao reino de Judá (2 Cr. 32: 10 a 15). Portanto, se Ezequias não tivesse sido fiel ao Senhor, certamente teria tudo para se amedrontar diante do sucesso anterior do inimigo. Mas sua atitude integra gerou confiança em Deus na hora necessária. Veja o que ele disse aos subordinados:
“Sede fortes e corajosos, não temais, nem vos assusteis por causa do rei da Assíria, nem por causa de toda a multidão que está com ele; porque um há conosco maior do que o que está com ele. ” (2 Cr. 32: 7).
Ele acreditou que, por Sua fidelidade, Deus haveria de livrá-lo de algum modo. E foi o que aconteceu. Senaqueribe, o adversário, foi derrotado e seus próprios filhos o mataram (2 Cr 32: 21). As Escrituras afirmam que o caráter de Deus nunca muda. Podemos crer que quando servimos a Deus com fidelidade, somos guiados pelo Espírito Santo (Jo. 16: 13), e não devemos temer, pois o que há em nós é maior do que o que há no mundo. Nos dias atuais o “Senaqueribe” vem em forma espiritual, e ataca através de doenças, dores morais e toda a sorte de sofrimento. Mas contamos com uma vantagem importante. Ele já foi vencido por Jesus, e nossa autoridade sobre ele está predeterminada, bastando apenas que acreditemos na Palavra do Senhor para que ela produza o efeito necessário. Veja o texto:
“Eis aí vos dei autoridade para pisardes serpentes e escorpiões e sobre todo o poder do inimigo, e nada, absolutamente, vos causará dano.”(Lc. 10: 19)
Nunca devemos descuidar da fidelidade aos princípios que Jesus fez chegar ao nosso coração. Todas as Palavras por ele pronunciadas, e contidas nas Escrituras, devem ser consideradas com profundidade, pois elas são revelações de Deus para nós. Nelas podemos confiar, ainda que a situação do momento pareça ser superior às nossas forças.
Portanto, amigo, se você tem sido fiel a Deus, e o “Senaqueribe” dos tempos atuais tem tentado acampar ao seu derredor,lembra que o seu Deus é o mesmo Deus de Ezequias, e jamais mudou(Mal.3: 6). Enfrente sem medo as ameaças do inimigo. (Veja Tg. 4: 7).