“Também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela.” (Mt. 16: 18).
Caminhando com vários discípulos, Jesus perguntou quem eles achavam que ele era, e Pedro foi o único a afirmar ser ele o Cristo, o Filho do Deus. A resposta rápida e incisiva demonstrou que Pedro tinha a firme convicção da verdade sobre quem era Jesus, deixando claro que, em seu coração, havia a certeza de que Deus estava cumprindo a promessa, pela qual os judeus esperavam a muitos séculos (Dt. 18: 17-18). Como Pedro, também outros discípulos acompanhavam a Jesus, mas não mostraram a mesma atitude. Isso indicou que mesmo caminhando junto ao Senhor, eles não tinham a mesma fé em seus corações. As Escrituras definem o caráter da fé como sendo: “certeza de coisas que se esperam e convicção de fatos que não se veem” (Hb. 11: 1). Entre os discípulos que ali estavam somente Pedro mostrou esse caráter. Isso agradou ao Senhor Jesus, e o levou a considerar essa convicção como verdadeira revelação divina (Mt. 16: 17).
O versículo que transcrevemos inicialmente relata a promessa de Jesus no exato momento em que se agradou da fé de Pedro, considerando-a como uma pedra, e como base suficiente para a edificação de sua igreja. Assim, a igreja do Senhor é hoje edificada sobre a fé que existe no coração de cada cristão, e não se restringe a espaços físicos. Isso significa que no tempo da grande tribulação, o anticristo pode proibir o livre exercício de nossa fé através dos templos edificados materialmente (Dn. 9: 27), mas jamais conseguirá destruí-la do coração dos verdadeiros cristãos. Vem daí a declaração de Jesus de que as portas do inferno não prevalecerão contra a sua igreja. O próprio Pedro, mais tarde, confirmou essa condição indestrutível da igreja cristã. Veja o texto:
“também vós mesmos, como pedras que vivem, sois edificados casa espiritual para serdes sacerdócio santo, a fim de oferecerdes sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por intermédio de Jesus Cristo.” (I Pe. 2: 5).
Esses registros deixam claro para nós a necessidade de união entre aqueles que preservam a pedra da fé cristã. Cremos que virá o tempo em que, quem for verdadeiramente de Cristo, terá de deixar de lado as divergências para fortalecer a igreja do Senhor, a fim de que ela tenha melhores condições de lutar contra seus inimigos. Esse é um trecho do caminho no qual teremos de passar, para cumprir a vontade do Senhor. Jesus orou por nós nesse sentido. Veja parte do texto de sua oração diante dos discípulos no monte das oliveiras:
“Eu não rogo somente por estes, mas também por aqueles que, pela sua palavra, hão de crer em mim; para que todos sejam um, como tu, ó Pai, o és em mim, e eu, em ti; que também eles sejam um em nós...” (Jo. 17: 20-21).
Nesse texto Jesus indica que nossa fé só se tornará uma pedra quando nós, seus discípulos de hoje, unirmos em um só espírito. Por isso, cremos que as divergências entre cristãos não vêm de Deus. Elas são ferramentas do diabo para impedir a consolidação da fé e retardar o crescimento da igreja de Jesus.
Portanto amigo, busque transformar em uma pedra a fé que você guarda em seu coração; mesmo porque é somente sobre esse tipo de fé que Jesus edifica sua igreja. Está escrito que um dia, no reino dos céus, haverá de se festejar as bodas do Cordeiro, entendendo como tal o encontro de Jesus com sua Igreja. Mas só participarão dessa festa aqueles que estiverem revestidos de atos de justiça, ou seja, que cumpriram com rigor os mandamentos da lei de Deus (Ap. 19: 7-8-9).