FARISEU MODERNO

MSG 512 - 12/10/2016

“Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Pois que percorreis o mar e a terra para fazer um prosélito; e, depois de o terdes feito, o fazeis filho do inferno duas vezes mais do que vós. ” (Mt. 23: 15).

Em nossos dias é grande o número daqueles que se alvoram em ensinar a Palavra de Deus, sem os mínimos conhecimentos necessários. A maioria deles compara o aprendizado da santa Palavra com qualquer trabalho do mundo secular, sem levar em conta o perigo que correm diante de Deus, pelo desvio daqueles que foram chamados para se tornar discípulos do Senhor (Jo. 8: 31-32). Ignorando a verdade, eles não fazem a menor idéa do que vai acontecer quando tiver de dar contas ao dono dessas almas. Muitos, por estarem apoiados em organizações de grande porte, se tornam modelos de arrogância, e não se preocupam em humilhar o povo, ao invés de buscar a inspiração do Espírito Santo para ensinar dignamente as pessoas – na maioria humildes – que se apresentam ávidas de fome e sede da Palavra do Senhor. Esse tipo de aventureiro é o fariseu de nossa época, ou quem sabe, coisa pior.

O versículo acima transcrito relata a dura advertência de Jesus àqueles que procediam de modo semelhante no tempo da Lei de Moisés. O texto mostra a indignação do Senhor com esse tipo de pregador. Sem culpar ninguém pela existência deles na obra de Deus, Jesus deixa transparecer que o futuro espiritual daqueles que assim o fazem não tem nada de promissor; muito pelo contrário, mostra, em sentido figurado, que o fim deles é trágico, e considera-os como cegos da verdade. Veja o texto:

“... os discípulos, aproximando-se de Jesus, perguntaram-lhe: Sabes que os fariseus, ouvindo o que disseste, ficaram escandalizados? ... ele respondeu: .... Deixai-os; são cegos, guias de cegos. Se um cego guiar outro cego, cairão ambos no barranco” (Mt. 15: 12-13-14).

Essa é uma das razões pelas quais Jesus profetizou que nos últimos dias haverá grande aflição como nunca houve e nem jamais haverá (Mt. 24: 21). Precisamos considerar que todas as pessoas, cujos corações despertaram para viver pela fé, assim o fizeram porque Deus as chamou (Jo. 6: 44).

Portanto, quem se propõe a ensiná-las o santo caminho, está assumindo a responsabilidade de as apresentar a Jesus como uma virgem ao noivo (2 Co. 11: 2). Por isso, se elas se empenham para fazer isso por amor, Deus responde e as capacita para o fiel desempenho da divina tarefa (2 Co. 3: 4-5-6). Isso quer dizer que, na obra de Deus, o Pregador que não aprende a santa Palavra é porque não tinha propósitos honestos, e deixou o coração ser invadido pelo espírito da arrogância. Na maioria das vezes essas pessoas se sentem como dominadoras do rebanho, contrariando os princípios do evangelho. Veja o que disse a apóstolo Pedro:

“Apascentai o rebanho de Deus que está entre vós, tendo cuidado dele, não por força, mas voluntariamente; nem por torpe ganância, mas de ânimo pronto; ” (I Pe. 5: 2).

Isso deixa claro que a sede de domínio, a intimidação e arrogância sobre aqueles que anseiam aprender o evangelho, representa um tipo de falsificação da Palavra de Deus. Devemos ter consciência de que a parte principal do ensino é tarefa do Espírito Santo, e compete ao Pregador apenas orientar as pessoas nesse sentido, a fim de que elas busquem a santificação (I Jo. 2: 27). Por isso, é dever do líder humano se esforçar para ensinar a fiel obediência à Palavra, pois é quando a cumprimos com exatidão que o Espírito Santo nos alcança. Mas infelizmente o que mais vemos são Pregadores que não ensinam a correta obediência da Palavra de Deus, e quando alguém não obtém êxito, eles dizem que a pessoa não teve fé. Mas o fato é que eles não pregaram como devia (Rm. 10: 17).

Amigo, se você é vítima dos fariseus modernos, não espere por ninguém. Se dedique ao exame das Escrituras por sua própria conta. Faça da Bíblia o seu garimpo para achar o verdadeiro ouro. Esteja certo de que quando Deus ver seu esforço Ele te revelará o profundo sentido do que está nas entrelinhas da santa Palavra. Veja o que disse Jesus:

“Todo aquele que o Pai me dá, esse virá a mim; e o que vem a mim, de modo nenhum o lançarei fora. ” (Jo. 6: 37).

Que o Senhor possa falar melhor ao seu coração.