ESTÁ SE CUMPRINDO

MSG 594 = 22/05/2018

“Assim como, no meio do povo, surgiram falsos profetas, assim também haverá entre vós falsos mestres, os quais introduzirão, dissimuladamente, heresias destruidoras, até ao ponto de renegarem o Soberano Senhor que os resgatou, ... E muitos seguirão as suas práticas libertinas, e, por causa deles, será infamado o caminho da verdade; também, movidos por avareza, farão comércio de vós, com palavras fictícias;...” (2 Pe. 2: 1-2-3).

Esses versículos expressam o que estamos vendo em nossos dias. Certos grupos cristãos, mesmo sabendo que estão prejudicando o aprendizado bíblico daqueles que os sustentam, distorcem os interesses de seus membros para obter lucros comerciais. Todos sabem que a Bíblia contém a Palavra de Deus, e é a ferramenta essencial do cristão para aprender os mandamentos de Jesus, e viver conforme ele ensinou.

Nos tempos modernos, à medida em que evolui a tecnologia, essa ferramenta também acaba evoluindo, e facilitando as condições de informação e acesso ao conteúdo da Palavra do Senhor. Em nosso tempo, contamos com excelentes aplicativos bíblicos que podem ser acessados simplesmente através de um celular ou tablete. Mas, curiosamente algumas igrejas proíbem o uso dessa facilidade, e mandam que seus membros só usem a Bíblia impressa.

Elas deixam evidente o interesse no consumo da Bíblia produzida por suas editoras, mesmo sabendo que os meios eletrônicos oferecem muito mais facilidades, influenciando diretamente no aprendizado do evangelho. O lado triste disso é o fato de que esses grupos estão priorizando seus lucros – ou o lucro de seus líderes – em detrimento do ensino do evangelho de Jesus. Isso nos faz lembrar o que aconteceu a dois mil anos atrás, quando o apóstolo Paulo foi massacrado porque o evangelho de Jesus, pregado por ele, causava prejuízo aos que se enriqueciam com a Diana dos Efésios (At. 19: 24 a 27). No nosso caso, fica ainda mais grave quando levamos em conta que essa infeliz decisão é tomada por pessoas se propõem a cuidar das ovelhas que não suas, mas de Jesus.

Esse tipo de líderes prefigura aquela multidão que seguia a Jesus e impediam que Zaqueu o avistasse (Lc. 19: 2-3). Isto porque, quem recebe alguém para evangelizar está na obrigação moral, perante o Senhor, de empregar todos os meios para que aquele que foi recebido tenha a Palavra de Deus inscrita em seu coração (Jr. 31: 33 e Mt. 28: 19-20).

Jesus conhece nossas obras, e sabe quando não estamos dando o melhor para cumprir o que ele mandou. Assim, desagradamos ao Senhor quando, por qualquer motivo, negligenciamos sua ordem. É por essa razão que a unção dos transgressores diminui sem que eles percebam. Contudo, podemos evitar que muitas almas se percam, orando por eles e suplicando ao Senhor para que sejam tocados pelo Espírito Santo, e alertados quanto aos erros que estiverem cometendo na condução do rebanho de Jesus.

Tirando como exemplo de alguns fatos do passado, podemos ter uma ideia da realidade de muitos hoje. Davi adulterou com a mulher do soldado, e quando viu que não tinha jeito de esconder, mandou matar o marido dela (2 Sm. 11: 14-15). Ele entrou pelo caminho errado, mas não percebeu seu engano (2 Sm. 12: 5-6). Semelhantemente acontece com muitos líderes espirituais de hoje. Erram perante os mandamentos de Jesus, mas não sentem que tomaram o caminho errado, porque estão no pináculo do templo, e se acham “poderosos”.

Nossa obrigação é orar para que eles se despertem para a verdade, e voltem para as decisões acertadas como foi no princípio. É necessário que eles se lembrem de onde caíram e se arrependam (Ap. 2: 5).

Amigo, se o Espírito Santo te der o entendimento de que fatos semelhantes estejam acontecendo em sua igreja, ore pelos seus líderes a fim de que eles venham a ser tocados, e despertem para a correção de suas atitudes enquanto é tempo.

Que Deus nos conceda a força e o poder para vencer todas as coisas.

Natanael de Souza