ESPÍRITO CORPO E ALMA

MSG 1003 DE 7/08/2024

Deus criou o ser humano em um casal de espíritos, e entregou-lhes o domínio da terra que ainda estava vazia, mandando eles reproduzirem e encher a terra. (Gn. 1: 28). Mas o ser humano ainda recém criado – na dimensão do terceiro céu - não tinha corpo nem alma, e existiam apenas em espírito, criados à imagem e semelhança do Senhor. Entretanto, para lidar com a terra, composta de parte física e parte espiritual, era necessário que o homem fosse provido de um acessório também físico. Por esse motivo o homem recebeu a forma física tirada do pó da terra (Gn. 2: 7). Mas esses dois elementos necessitavam ainda de um terceiro recurso, para transmitir as necessidades, desejos e emoções de um para o outro. Por isso, surgiu a alma, que, como o corpo, também é um recurso inerente à terra, passando os dois a serem vistos como alma vivente. Veja o texto:

“E formou o Senhor Deus o homem do pó da terra, e soprou em suas narinas o fôlego da vida; e o homem foi feito alma vivente.“ (Gn. 2: 7).

Portanto, nossa vida veio de Deus, como espírito puro, e passou a desempenhar o mandato do Senhor no domínio físico e espiritual da terra, através dos acessórios que lhe foram acrescentados, ou seja, do corpo e da alma. Isso deixa claro que o elemento principal, e mais importante de nossa existência é o espírito, mesmo porque entre os três somente ele tem vida eterna. O corpo tem um tempo limitado, determinado por Deus, quando começamos a ser formados no ventre materno (Sl. 139: 14-15-16); enquanto que a alma é um recurso natural terreno, e atua todas as vezes que um espírito tem algum tipo de interesse ligado à terra. Na verdade, até mesmo Deus tem alma, quando se trata de algo terreno. Veja como o Senhor se expressou, ao se referir ao modo de vida daqueles que são chamados para o caminho da salvação. Eis o texto:

“Mas o justo viverá pela fé; E, se ele recuar, a minha alma não tem prazer nele.” (Hb. 10: 38).

Quando o próprio Deus se refere à sua alma, fica claro que a alma não é um terceiro elemento em nossa existência; mas um recurso auxiliar de interação existente na terra. Quando morremos, ela acompanha o espírito, mas não chega com ele em seu destino. Por isso, supomos que ela não entra no terceiro céu, ou seja, no trono de Deus. Isto quer dizer que não é a alma que entra na vida eterna; mas o espírito. É bom levar em conta que no retorno à origem as Escrituras não falam em alma; mas no corpo e no espirito (Ecl. 12: 7). O Senhor nos vê como alma vivente quando quer se referir aos dois elementos cobertos pela alma. Mas isso não quer dizer que o espírito humano se transformou em alma quando recebeu um corpo na terra. Portanto, o espírito é a essência de nossa vida, e a alma apenas um recurso da terra, capaz de ser separados um do outro (Hb. 4: 12). Assim, a alma não vai para a eternidade como alguns ensinam. A eternidade é um privilégio do espírito, e ele pode entrar nela no momento em que morremos, se cumprir a aliança com Jesus, batizando nas águas, e no Espírito Santo, ou seja, recebendo a confirmação do Senhor através do batismo (Lc. 3: 16). Portanto, aquele que ainda não foi tocado pelo Espírito Santo, em santo batismo, deve pedir ao Senhor para que seja tocado.

Que o Senhor a quem servimos possa falar melhor ao seu coração.

Natanael de Souza