Mensagem

A escolha de Deus

MSG 821/2021

Nossa capacidade de perceber a vontade de Deus, se processa de maneira diferente do aprendizado comum. Ela é dada em forma de revelação, quando somos tocados pelo Espírito Santo e levados a Jesus (Mt. 16: 17). Esse processo faz parte da Nova Aliança, e visa o aperfeiçoamento espiritual dos seres humanos (Jr. 31: 33). O Espírito Santo, quando toca em nós, afasta a natureza pecaminosa herdada da antiga serpente (Gn. 3: 21), e muda o entendimento de nosso coração, nos convencendo da verdade. Jesus considerou esse processo como uma distribuição de talentos, ou seja, de unção espiritual que precisamos para conhecer a Deus. Veja o texto:

       “Pois será como um homem que, ausentando-se do país, chamou os seus servos e lhes confiou os seus bens. A um deu cinco talentos, a outro, dois e a outro, um, a cada um segundo a sua própria capacidade; ...” (Mt.25:14-15).

       Esse potencial de unção só é dado à pessoa que o Pai escolhe para ser levada a ele (Jo. 6: 44). Nos primeiros tempos da igreja só aderia aos cristãos, aqueles a quem o Senhor escolhia, pois os seguidores de Jesus eram perseguidos, e somente com um toque do Espírito Santo sentiam o desejo de se tornar cristãos (At. 9: 1 a 6). Hoje, depois do cristianismo se estender ao mundo inteiro, a maioria dos que se dizem cristãos, se fizeram assim por seus próprios interesses, sem ter um chamado do Senhor. Mas eles podem ser chamados e ungidos para discernir a vontade Deus, se aprenderem a crer em Jesus como dizem as Escrituras (Jo. 7: 38-39). A parábola apresentada pelo Senhor, mostra que a distribuição dos talentos representando a unção espiritual, não é feita de maneira uniforme. Uns recebem mais outros menos, de acordo com a capacidade de cada um (Mt. 25: 15).

       Isso confirma que Deus considera a raiz espiritual de cada pessoa a ser chamada, como foi mostrado na escolha de Davi ao ser ungido por Samuel (I Sm. 16: 7). Também é levada em conta a herança de pecados, vinda de nossos ancestrais, pois o Senhor cobra as iniquidades dos pais aos filhos até a terceira e quarta geração daqueles que O aborrecem (Ex. 20: 5).  Assim, a diferença de unção entre os líderes que nos ensinam, é de grande importância nos caminhos de nossa vida. Aquele que recebeu a unção correspondente a dois talentos, jamais pode ensinar como o que recebeu a de cinco. O apóstolo Paulo adverte que a obra de cada discípulo de Jesus será provada pelo fogo, mediante grandes desafios que exigem edificação sólida para serem vencidos. Eis o texto:

      “Contudo, se o que alguém edifica sobre o fundamento é ouro, prata, pedras preciosas, madeira, feno, palha, manifesta se tornará a obra de cada um; pois o Dia a demonstrará, porque está sendo revelada pelo fogo...” (I Co. 3: 12-13).

       Dessa forma, a chance de vencer os desafios espirituais, e subir os degraus da perfeição, é proporcional ao conhecimento de Deus que recebemos de nossos líderes (Mt. 5: 48). Corremos, então, o sério risco de ser prejudicado no caminho espiritual, ou até mesmo de não ser salvos, quando aceitamos o ensino de lideranças com baixo nível de unção, ou seja, de líderes que receberam apenas dois talentos. É por essa razão que Jesus advertiu para não entrar em qualquer lugar, pois muitos usam o seu nome, mas não são fiéis à sua Palavra (Mt. 24: 23-24).

       Que Deus nos conceda a força e o poder para vencer todas as coisas.
 
                                                                     Natanael de Souza