Mensagem

ENGANO DISFARÇADO

MSG 535 = 17/MAR/2017

       A fome de riqueza tem motivação na origem dos seres humanos. As Escrituras mostram que logo após ser criado o homem foi colocado para viver em meio a grandes riquezas (Ez. 28: 13). Isso o fez herdar o desejo desenfreado das coisas materiais. No entanto, devemos ser prudentes e examinar a verdade, pois a riqueza mais importante em nosso tempo é a espiritual (Mt. 6: 19-20). Nada se compara ao privilégio de viver em comunhão com Deus. Isso ficou provado quando o Senhor cortou a comunhão com Adão e o mundo mergulhou nas trevas do pecado (Gn. 3: 22-23). Até hoje vivemos num mundo de enganos, que só vai acabar quando a comunhão perdida for recuperada (Is. 11: 1 e 9). Portanto, o desejo desenfreado de ser rico, é um engano disfarçado para impedir que venhamos priorizar o reino de Deus e sua justiça (Mt. 6: 33). Veja o que disse o apóstolo Paulo:

      “Tendo sustento e com que nos vestir, estejamos contentes. Ora, os que querem ficar ricos caem em tentação, e cilada, e em muitas concupiscências insensatas e perniciosas, as quais afogam os homens na ruína e perdição. ” (1 Tm. 6: 8-9).   
   
       Nos dias em que vivemos é muito grande o número de pessoas que estão sendo ensinadas a priorizar as riquezas, em velado desacordo com a Palavra de Jesus. Elas  se tornam fortes nas coisas materiais, exibem o que há de mais luxuoso no mundo, mais são enfraquecidas no aprendizado e prática dos mandamentos do Senhor, que, mesmo sendo o Filho de Deus, não tinha onde encostar a cabeça (Mt. 8: 20). É desnecessário comentar o destino que elas estão tomando quando são alcançadas pelo evento da morte, pois o não cumprimento de qualquer um dos mandamentos de Jesus, é tomado por Deus como franca desobediência à Sua própria vontade (Dt. 18: 18-19).

       O aparecimento de todos esses tipos de enganos foi profetizado por Jesus antes de subir aos céus (Mt. 24: 5), e ele advertiu que não reconhece como suas ovelhas aqueles que sabem da sua vontade e não se esforçam para obedecer. Veja o texto:

      “Muitos, naquele dia, hão de dizer-me: Senhor, Senhor! Porventura, não temos nós profetizado em teu nome, e em teu nome não expelimos demônios, e em teu nome não fizemos muitos milagres? Então, lhes direi explicitamente: nunca vos conheci. Apartai-vos de mim, os que praticais a iniquidade. ” (Mt. 7: 22-23).    

       A expressão naquele dia se refere ao momento em que vamos passar pelo julgamento do Senhor. Ela tanto pode representar o dia da volta de Jesus, como o dia da morte de cada pessoa, pois em ambas as hipóteses temos de passar pelo julgamento do Filho de Deus. Na hipótese da morte, o julgamento ocorre no mundo espiritual, fora de nossas vistas humanas, e por isso nunca sabemos o destino espiritual de quem morreu, ou seja, se a pessoa foi realmente salva ou não. Mas sabemos, entretanto, que quem alcançou aprovação do Senhor é levado aos céus pelos anjos de Deus, e aquele que não alcançou fica perdido na face da terra; e é recolhido no inferno (Sl. 34: 7 e Lc. 16: 22).

       Portanto, a única forma que temos para saber se estamos ou não sendo vítimas de enganos disfarçados, é a comparação daquilo que recebemos como verdade, com o que Jesus deixou registrado no evangelho. Veja o que abaixo:

      “Guardai-vos dos falsos profetas, que vêm a vós com vestes de ovelhas, mas por dentro são lobos vorazes. Pelos seus frutos os conhecereis. Colhem-se, porventura, uvas dos espinheiros, ou figos dos abrolhos? Assim toda a árvore boa dá bons frutos, porém a árvore má dá maus frutos.” (Mt. 7: 15 a 17).    

       A Bíblia define os bons frutos como sendo: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio (Gl. 5: 22). Portanto, se as regras ministradas por alguém têm gerado essas atitudes em nosso coração, estamos recebendo bons frutos. Mas se isso não acontece onde congregamos, certamente é da vontade de Jesus nos tirar de lá, e nos dar uma segunda chance para que venhamos a enxergar verdade (Mc. 8: 23 a 26).

       Amigo, julgue pelos frutos que você tem recebido de onde você congrega. Se eles não estiverem de acordo com os termos do evangelho (Gl. 5: 22), saiba que Jesus quer te dar outra oportunidade enquanto é tempo (Mc. 8: 25). Não fique atrelado às amizades humanas, nem aos templo luxuosos, pois o que está em jogo é a sua salvação. Por isso não tenha medo. Esforça-te para entrar no reino que nos está preparado desde a fundação do mundo (Mt. 25: 34).

       Que o Senhor fale melhor ao seu coração.