Mensagem

E DEUS QUEM CHAMA

MSG 815 de 08/12/2020

      Antes de estabelecer a nova aliança firmada por Seu Filho na terra, Deus preparou o coração das pessoas, para não compreender diretamente a plenitude do evangelho do reino, a fim de que isso só viesse acontecer com aquele que fosse chamado. Isso foi confirmado por Jesus quando aqui chegou, e permanece assim até hoje (Mt.13: 14 e Is. 6: 8 a 13). Essa é a razão de Jesus declarar que ninguém vem a ele se o Pai não o trouxer (Jo. 6: 44). Por isso, só nos convencemos do pecado, para perceber o verdadeiro sentido da vontade de Deus, quando somos tocados pelo Espírito Santo (Jo. 16: 8). Através da parábola dos talentos, Jesus deu alguns detalhes da maneira pela qual se processa essa chamada, para levar as pessoas a entender o santo caminho hoje estabelecido (Is. 35: 8).  Veja o texto:

     “Pois será como um homem que, ausentando-se do país, chamou os seus servos e lhes confiou os seus bens. A um deu cinco talentos, a outro, dois e a outro, um, a cada um segundo a sua própria capacidade; e, então, partiu.” (Mt. 25: 14-15).     

      O texto diz respeito ao retorno do Senhor para os céus, de onde virá segunda vez para pedir contas a todos os que foram chamados. Ele mostra que Jesus confiou seus bens – no caso a unção divina - àqueles que foram chamados, e sua expectativa é a de que eles deem frutos (Lc. 3: 9). Mas o Senhor entregou um nível de unção diferenciado, considerando a capacidade que viu em cada um deles. Tomando como exemplo a chamada de Davi, podemos observar que Deus considera o perfil de cada pessoa, segundo o que vê em seu coração (I Sm. 16: 6-7). Cremos, então, que a diferenciação na escolha leva em conta a herança de pecados existente em cada um. As Escrituras mostram que o comportamento de nossos ancestrais para com Deus, podem fazer uma grande diferença no momento de sermos avaliados pelo Senhor. Veja o texto:

      “... porque eu sou o SENHOR, teu Deus, Deus zeloso, que visito a iniqüidade dos pais nos filhos até à terceira e quarta geração daqueles que me aborrecem; e faço misericórdia até mil gerações daqueles que me amam e guardam os meus mandamentos.” (Ex. 20: 5-6).

      É evidente que o descendente de gerações que agradaram a Deus encontra muito mais favores diante do Senhor. Daí a razão de um receber cinco talentos de unção, e outro receber apenas dois. Isso sem falar no terceiro comtemplado que recebeu um talento, não deu frutos, e foi condenado (Mt. 25: 26 a 30).

       Nos dias atuais, muitos dos que se declaram Pastores, fazem pesadas críticas a outros que também ministram a Palavra, numa demonstração de inveja da unção que Deus deu à vítima de suas críticas. Eles esquecem que Deus unge a quem Ele quer, e essa unção deve ser respeitada (I Sm. 24: 4 a 7). Eles demonstram não ter aprendido que a inveja é um veneno satânico, lançado pelo diabo no primeiro homicídio no mundo, e por isso a prática dela leva a pessoa a compactuar com satanás (Gn. 4: 8). No caso aqui citado, eles estão arrastando para as trevas aqueles que com eles concordam.

       Portanto, irmão, não inveje a unção que Deus deu ao outro, pois o processo pelo qual o Senhor nos chama, é baseado no rigor da justiça divina, e um dia todos haverão de prestar contas de seus atos (Dt. 18: 18-19).

      Que Deus nos conceda a força e o poder para vencer todas as coisas.
 
                                                                 Natanael de Souza