Mensagem

A Dúvida

MSG 021 – 24/05/2007

     “E, prontamente, Jesus, estendendo a mão, tomou-o e lhe disse: Homem de pequena fé, por que duvidaste? ”(Mt.14:31)

          Jesus ordenou aos discípulos que passassem para o outro lado do lago Tiberíades, e subiu ao monte para orar. Na quarta vigília da noite, quando eles já iam longe, e remando contra o vento, o Senhor foi encontrá-los. A maneira pela qual Jesus os alcançou, foi algo extraordinário. Ele vinha andando sobre as águas.

          Quando se certificaram de que era o Senhor que aproximava deles, Pedro pediu a Jesus que o deixasse ir encontra-lo andando também sobre as águas. Uma vez autorizado Pedro começou a caminhar fora do barco, em direção a Jesus, e enquanto olhava para ele, sem prestar atenção ao risco que corria, andou também alguns passos sobre as águas (Veja Mt. 14:29). Entretanto, começou a afundar quando olhou para a força dos ventos (Mt. 14:30).

          Esses fatos ocorridos entre Pedro e Jesus prefiguram a conduta de muitos de nós cristãos de hoje, quando buscamos as bênçãos de Deus.

          Inicialmente acreditamos, e partimos para ação. Às vezes até conseguimos algumas bênçãos iniciais. Mas no meio da trajetória começamos a olhar para as circunstâncias que envolvem os fatos, e nossa fé fica comprometida. Nessa hora, retroagimos e afundamos nas águas de nossos problemas. Isso acontece porque deixamos o medo entrar no nosso coração, e aí sobrevém a dúvida.

          Observem no versículo transcrito. Ao grito de socorro de Pedro (Mt. 14:30), Jesus prontamente o socorreu. Nunca podemos esquecer que em qualquer situação o Senhor está pronto para nos socorrer (Sl. 18:6). Mas no caso de Pedro, Jesus foi além do simples socorro. Advertiu-o do motivo de seu fracasso. Ele duvidou de que podia completar o percurso andando sobre as águas até chegar onde estava Jesus.

          Na prática, da caminhada cristã, fato semelhante a esse sempre acontece com nós. O medo e a dúvida acabam nos impedindo de receber as grandes bênçãos do Senhor (Tiago 1:6-7).

          O motivo inicial do fracasso de Pedro aí foi o fato dele tirar os olhos da direção de Jesus, e olhar para os ventos. Isso indica que sejam quais forem os ventos que nos desafiam, jamais devemos interromper a comunhão com Deus. Nossos olhos têm que permanecer nele em qualquer situação.

          Observe a oração que o rei Josafá (848 a.C.) fez a Deus, quando se achou cercado pelos inimigos, e sem nenhuma condição aparente de vitória.

          “....Porque em nós não há força para resistirmos a essa grande multidão que vem contra nós, e não sabemos nós o que fazer; porém os nossos olhos estão postos em ti.”(2 Cr. 20:12).

          Essa deve ser nossa postura diante dos infortúnios que nos desafiam. Como responsável por um reino ameaçado, Josafá manteve a fé diante de Deus, sem esmorecer. O resultado esse. Veja a transcrição do texto:

          “Então, veio o Espírito do SENHOR no meio da congregação,....e disse: Dai ouvidos, todo o Judá e vós, moradores de Jerusalém, e tu, ó rei Josafá, ao que vos diz o SENHOR. Não temais, nem vos assusteis por causa desta grande multidão, pois a peleja não é vossa, mas de Deus.”(2 Cr. 20:14-15).

          Quando não tiramos nossa confiança da mão de Deus, mesmo diante de situações aparentemente impossíveis, conseguimos transferir a resolução do problema para Deus. Nosso papel como cristão é o de resolver o problema quando é possível, e de confiar que Deus pode resolve-lo quando parece impossível (Veja Lc. 1:37).

                                         Que o Senhor te abençoe com grandes vitórias.