Mensagem

DÍZIMOS DO CRISTÃO

MSG 523 = 11/12/2018

Disse o SENHOR ao meu senhor: Assenta-te à minha direita, até que eu ponha os teus inimigos debaixo dos teus pés. O SENHOR jurou e não se arrependerá: Tu és sacerdote para sempre, segundo a ordem de Melquisedeque.” (Sl. 110: 1 e 4).   

       Esse texto aponta para Jesus, como continuador de uma ordem sacerdotal que já existia antes de Abraão. Parte dessa profecia já foi cumprida, quando Jesus voltou aos céus, e foi colocado na posição de Sacerdote eterno da humanidade (Is. 11: 9-10).  As Escrituras registram que antes de Abraão, no lugar onde hoje é a cidade de Jerusalém, existia um reino, cujo sacerdote era Melquisedeque. É por isso que Davi profetizou Jesus sumo sacerdote dessa ordem (Hb. 5: 10).

       Antes de voltar aos céus, Jesus levantou discípulos, e deu inicio à edificação de sua igreja, conforme o plano de Deus descrito pelo profeta Jeremias, onde a Lei do Senhor é inscrita no coração de cada cristão verdadeiro (Jr. 31: 33). Portanto, Jesus está nos céus, como sacerdote da ordem sacerdotal de Melquisedeque, aguardando chegar o tempo em que Deus vai colocar os inimigos da cruz embaixo de seus domínios. Por isso ele declarou que ninguém sabia o tempo de sua volta, senão o Pai (At. 1: 6-7). Mas a igreja deveria ser edificada por seus discípulos, sob o poder do Espírito Santo (At. 1: 8). Essa foi a razão de Jesus, em suas últimas Palavras na terra, ordenas aos discípulos a ir e pregar o evangelho, ensinando a guardar seus mandamentos (Mt. 28: 19-20).

       Portanto, os cristãos são discípulos de um Sacerdote eterno, continuador da ordem sacerdotal de Melquisedeque, a quem Abraão reconheceu como Sacerdote do Deus Altíssimo, e a ele ofertou a décima parte dos despojos de uma guerra que acabava de ser vencida (Hb. 7: 2). Isso mostra que, mesmo não havendo mandamentos específicos no Novo Testamento, é um dever moral do cristão dizimar na igreja, não a exemplo dos judeus, mas de Abraão. Com certeza, ao trazer pão e vinho para Abraão, Melquisedeque apontou para a Nova Aliança firmada no sangue de Jesus, que veio a acontecer centenas de anos depois (Gn. 14: 18-19-20).

       Isso nos deixa convictos de que o propósito de ofertar dízimos no cristianismo, é visto por Deus como a oferta de Abel, quando feito corretamente, ou seja, isento da relação de confiança no ser humano (Gn. 4: 4 e Jr. 17: 5). Aquele que o pratica está exercendo a nobre função de edificar a igreja de Jesus, contra a qual as portas do inferno não prevalecerão. Essa é uma atitude que provoca o derramamento das bênçãos do Senhor, que já foram estabelecidas nos ares da terra, e nós não temos condições alcançar. Jesus apontou para isso (Mc. 9: 41; Ef. 1: 3 e Mt. 16: 18).  

       Amigo, agrade a Deus, e Ele satisfará o desejo do seu coração (Sl. 37: 4). Lembre que o dízimo do cristão nada tem a ver com a Lei de Moisés. Hoje nós edificamos uma casa espiritual, inscrevendo a lei divina em cada coração. Veja o que disse o apóstolo Pedro. Eis o texto:  

      “sois vós também quais pedras vivas, edificados como casa espiritual para serdes um sacerdócio santo, a fim de oferecerdes sacrifícios espirituais, aceitáveis a Deus por Jesus Cristo.” (I Pe. 2: 5).

       Que o Senhor nos conceda a força e o poder para vencer todas as coisas.
 
                                                                           Natanael de Souza