Mensagem

DÍZIMOS & BENÇÃOS

MSG 676 de 27/12/2019

       O dízimo é um propósito de ofertar voluntariamente a Deus, e não está restrito à lei de Moisés. Deus o colocou na lei, para disciplinar o povo de Israel, que havia passado muitos anos como escravo, e precisava se organizar como nação independente. Mas nesse tempo o dízimo já existia a centenas de anos. Ele representa uma oferta para agradar ao Senhor, por ter nos abençoado, levando-nos a conquistar determinado bem. Surgiu de uma atitude de Abraão, que reconhecendo Melquisedeque como Sacerdote do Deus Altíssimo, ofertou 10% do despojo que havia conquistado na guerra, da qual retornava (Gn. 14: 14 a 20).

       Naquele tempo, esse propósito já apontava para o cristianismo, pois Deus colocou no coração de Melquisedeque abençoar a Abraão - pela conquista – oferecendo pão e vinho, numa prefiguração da nova aliança que Jesus firmou com seus discípulos na última ceia (Mt. 26: 26-27-28). Jesus hoje é o Sacerdote eterno da humanidade, pertence a Ordem Sacerdotal de Melquisedeque, e está assentado à direita do Pai, até que o Senhor ponha seus inimigos debaixo de seus pés, quando descerá aqui para restituir aos cristãos vencedores a posse do reino da terra (Sl. 110: 1- 4 e Mt. 25: 34). A promessa de Deus para Abraão é de abençoar nele todas as famílias da terra. Veja o texto:

      “de ti farei uma grande nação, e te abençoarei, e te engrandecerei o nome. Sê tu uma bênção! Abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; em ti serão benditas todas as famílias da terra.” (Gn. 12: 2-3).

       A grande nação inclui nós, cristãos fiéis (Gl. 3: 7). Em nossos dias, temos o encargo de plantar a semente do evangelho no coração das pessoas, conforme mandado de Deus, confirmado por Jesus (Jr. 31: 31-34 e Mt. 28: 19-20). Essa é a parte que temos a honra de executar na obra do Senhor. Portanto, se queremos as bençãos prometidas a Abraão, precisamos ter o mesmo sentimento que ele teve quando considerou a Melquisedeque como sacerdote e o ofertou daquilo que Deus o havia permitido conquistar. No lugar de Melquisedeque hoje está Jesus Cristo, para cuja obra devemos contribuir. É uma questão de ser íntegro e reto. O dízimo é considerado parte de tudo aquilo que Deus nos permitiu conquistar. No caso de Abrão, foi sobre o que ele tomou do inimigo. Por isso, nós hoje devemos considerar o que Deus nos permitiu tomar do inimigo que roubou de nós lá no jardim do Éden.

       Muitas vezes o grande problema é fazer com que nosso dízimo seja empregado corretamente na obra do Senhor, pois Deus não permite que confiemos nos intermediários. Veja o texto:

      “Assim diz o SENHOR: Maldito o homem que confia no homem, faz da carne mortal o seu braço e aparta o seu coração do SENHOR! “(Jr. 17: 5).

       Isso acontece quando entregamos o dízimo para uma igreja que não preta contas do que recebe. Ao invés de sermos abençoados, somos amaldiçoados, porque Deus nos considera cúmplices dos pecados daquele que desviou o dinheiro da obra do Senhor, fazendo a obra relaxadamente (Jr. 48: 10 e Ap. 18: 4). Portanto, o cristão que quer ser abençoado deve ofertar voluntariamente para a obra do evangelho, mostrando ao Senhor sua integridade e retidão. Mas deve ter o cuidado de não entregar seu propósito nas mãos dos falsos profetas ou corruptos, que desviam o objetivo do dinheiro, pois eles são considerados por Jesus como ladrões e salteadores (Jo. 10: 1).

      Que Deus nos conceda a força e o poder para vencer todas as coisas.
 
                                                                      Natanael de Souza