Mensagem

Diferenças Espiritual

MSG 419 DE 14/10/2014

         “E os escribas e fariseus arrazoavam, dizendo: Quem é este que diz blasfêmias? Quem pode perdoar pecados, senão Deus? Jesus, porém, conhecendo-lhes os pensamentos, disse-lhes: Que arrazoais em vosso coração? ” (Lc. 5: 21-22).  

       Jesus viveu entre nós em corpo físico como qualquer outro ser humano. Mas pelo fato de não haver sido gerado pelo homem herdeiro de pecados, ele era diferente na visão espiritual e consequentemente no comportamento. Essa diferença, invisível aos nossos olhos naturais, era nitidamente sentida pela sua maneira de perceber e considerar as coisas. Ele sabia com clareza o que estava acontecendo no mundo espiritual, e por isso satanás não conseguiu enganá-lo (Lc. 22: 31).

       Os versículos acima demonstram a autêntica diferença de percepção espiritual entre ele e os homens comuns. Os escribas e fariseus, mesmo sendo entendidos das coisas de Deus naquela época, jamais imaginavam que o Senhor poderia perceber o julgamento que estavam fazendo a seu respeito, e ficaram surpresos ao ver que Jesus sabia dos seus pensamentos (Lc. 5: 26). Isso deixou claro que havia nele uma diferença espiritual jamais vista até aquela época. Essa superioridade, visível em sua maneira de pensar e agir deve-se ao fato de não ser ele herdeiro da natureza pecaminosa de Adão. Isso permitia a plena comunhão com Deus, e produzia um efeito instantâneo em tudo que ordenava, deixando desapontados os que se consideravam doutores da lei naquele tempo (Lc. 5: 25).

       Nos dias atuais, apesar de estarmos evoluindo para uma vida espiritualmente santificada, ainda falta muito para chegar lá. Na maioria das vezes clamamos sem ter respostas, buscamos e não encontramos. A razão disso está em não praticarmos corretamente os ensinos de Jesus. A santa Palavra mostra que as nossas iniquidades fazem separação entre nós e nosso Deus (Is. 59: 1-2).

       Por várias vezes Jesus demonstrou na prática que existe uma diferença espiritual entre o justo e o ímpio. A geração dessa diferença resulta de se viver na prática do pecado, sem nenhum interesse em obedecer a Deus. Mas tempos virão em que Deus fará aqueles que optaram pela incredulidade sentir nitidamente o erro que cometeram. Veja o texto:

      Então, vereis outra vez a diferença entre o justo e o ímpio; entre o que serve a Deus e o que não o serve. Porque eis que aquele dia vem ardendo como forno; todos os soberbos e todos os que cometem impiedade serão como palha; e o dia que está para vir os abrasará, diz o SENHOR dos Exércitos, de sorte que lhes não deixará nem raiz nem ramo. Mas para vós que temeis o meu nome nascerá o sol da justiça e salvação trará debaixo das suas asas;…” (Ml. 3: 18 e 4: 1-2).
     
       Deus fala do dia em que todos terão obrigatoriamente de prestar contas a Ele. Esse dia é mostrado nas Sagradas Escrituras como o último julgamento, onde, em vida espiritual, os mortos serão julgados definitivamente, e os que rejeitaram as leis divinas terão um fim trágico num fogo eterno (Ap. 20: 11 a 15). É bem verdade que isso ainda vai demorar; mas também é verdade que ninguém escapa da justiça de Deus. O apóstolo Paulo foi um homem instruído em sabedoria e conhecimento no seu tempo. Mas veja o que ele declarou depois que sua visão espiritual foi aberta. Eis o texto:

      “Não vos enganeis; de Deus não se zomba. Pois aquilo que o homem semear, isso também ceifará: porque o que semeia na sua carne, da carne ceifará corrupção; mas o que semeia no Espírito, do Espírito ceifará vida eterna.” (Gl. 6: 7-8).

      Amigo, talvez você nunca tenha parado para pensar nisso, mesmo porque o gozo das coisas desse mundo absolve o seu tempo. Mas como alguém compromissado em semear a verdade que um dia me foi dada gratuitamente, eu te convido refletir sobre o futuro de seu espírito, lembrando que nossa existência não termina aqui. Jesus mostrou isso em Lucas 16: 19 a 23.
      
            Que o Senhor te abençoe abundantemente.