A DIFERENÇA

MSG 617 = 30/10/2018

Normalmente não lembramos a diferença de poder que existe entre a Palavra de Deus e a nossa palavra. Por isso fazemos nossos pedidos baseados no raciocínio humano, que quase sempre não coincide com as determinações do Senhor (Is. 55: 8). O motivo principal de nosso erro está no fato de não levarmos em consideração que, como Senhor de todas as coisas, nada absolutamente pode impedir a realização daquilo que Deus determinou. Suas determinações podem ser consideradas como um fato consumado. Um nítido exemplo disso é visto na revelação que Deus fez a Josué, na tomada de Jericó. Veja o texto reproduzido:

“Ora Jericó estava rigorosamente fechada, ... ninguém saía nem entrava. Então disse Jeová a Josué: Eis que entreguei na tua mão a Jericó, ao seu rei e aos ilustres ...” (Js. 6: 1-2).

Deus falou isso antes da vitória dos hebreus, ou seja, Ele disse que havia entregado a cidade e seus valentes a Josué. Mas os muros dela continuavam em pé, e seus guerreiros lá dentro, conscientes de que estavam guardados pelas muralhas mais forte do mundo, pois na imaginação deles ninguém tinha poder para transpor aquela fortaleza. Entretanto, diante dos gritos dos guerreiros hebreus, aconteceu o que parecia impossível aos olhos humanos. Eles viram as muralhas se ruírem, e perderam totalmente a força que julgavam possuir (Js. 6: 20).

Um detalhe importante que notamos nessa passagem bíblica, é que Josué e seu exército tiveram que cumprir com fidelidade as ordens do Senhor. Eram ordens que pareciam coisa de louco, e que consistia em rodear as muralhas por seis dias, e no ultimo dia fazer a mesma coisa repetida por sete vezes. Mas o importante era obedecer a aquilo que Deus havia mandado (Js. 6: 3-4-5).

Esse é um dos fatos, confirmando que a Palavra de Deus não volta vazia (Is. 55: 11). A firme convicção dessa diferença que existe entre a nossa palavra e a Palavra de Deus, alicerça nossa fé para que as promessas do Senhor se cumpram em nossa vida. No entanto, é essencial observar que Deus exige obediência sem questionamentos. Só recebemos alguma coisa Dele quando nos colocamos na posição de servos (Ap. 1: 1-2).

A fé e a obediência irrestrita são os fatores principais que movem o poder de Deus para fazer o impossível se tornar possível. Daí a exigência do Senhor para que o justo viva pela fé, sem retroagir diante dos obstáculos que estiverem na frente (Hb. 10: 38).

As muralhas que hoje enfrentamos não estão mais em Jericó, mas no campo espiritual da mente de cada pessoa. São potestades malignas que atuam quase imperceptível, substituindo nossos legítimos desejos pelos desígnios do diabo (Ef. 6: 12). Elas atuam a partir das regiões celestiais, mandando energias que envenenam nosso coração, provocando o ódio, a vingança e o desejo de matar, roubar e destruir. O recurso de que dispomos para vencê-las é a vida pela fé, através da prática do evangelho de Jesus (Veja Mt. 7: 24-25).

Assim, irmão, se sua muralha te parece instransponível, lembra que a Palavra de Deus é diferente da nossa. Creia no Senhor Jesus, e peça a ele que mande uma Palavra para derrubá-la, pois o Deus de Josué é o mesmo ontem, hoje e sempre (Hb. 13: 8-9).

Que Deus possa nos conceder a forma e o poder para vencer todas as coisas.

Natanael de Souza