“Disse-lhe, porém, o anjo: Zacarias, não temas, porque a tua oração foi ouvida; e Isabel, tua mulher, te dará à luz um filho, a quem darás o nome de João. ” (Lc. 1: 13). O início da descrição desse texto relata que Zacarias e sua mulher eram irrepreensíveis diante de Deus, mas já estavam velhos e não tinham filhos(Veja Lc. 1:5 a 7). Naquele tempo, ter filhos era importante para um casal. A esterilidade em uma mulher era considerada como um tipo de maldição, pois ela se sentia humilhada perante as mulheres férteis (Veja I Sm. 1: 4 a 6). A Bíblia registra vários casos de casais que se sentiam inferiorizados por não terem filhos; entre eles o de Abraão que chegou a questionar com Deus essa situação quando recebeu a promessa de que seria abençoado (Veja Gn. 15: 2). Nossa intenção é focar aqui que Zacarias e sua mulher demonstravam um belo exemplo de fidelidade a Deus, pois apesar de terem passado o tempo da mocidade desejando um filho, e buscando em oração nesse sentido, aparentemente Deus não os havia atendido. Nos dias atuais, muitos de nós passamos por situações semelhantes a essa. Às vezes oramos, suplicamos, insistimos pedindo uma benção, e parece que Deus não ouviu ou não quer nos abençoar. Não devemos pensar dessa forma, pois Ele ouve, e quer nos atender. Veja o que disse o Senhor Jesus: “Ora se vós, sendo maus, sabeis dar boas dádivas a vossos filhos, quanto mais vosso Pai que está nos céus, dará boas coisas aos que lhas pedirem?” (Mt. 7:11). Quando o anjo declara que a oração de Zacarias foi ouvida, fica evidente que o quesito considerado por Deus no coração daquele casal foi a fidelidade, já que os dois permaneceram servindo a Deus, mesmo não tendo a benção desejada. O texto mostra também que apesar de fiel, Zacarias não era um homem de fé, pois ele duvidou da notícia anunciada pelo anjo (Veja Lc. 1: 20). Na verdade, se confrontarmos a atitude do sacerdote Zacarias com a de Maria mãe de Jesus, percebemos que ela agiu muito diferente. Como uma jovem, de casamento marcado para data próxima, e vivendo a rígida disciplina familiar daquele tempo, sua reação foi de total obediência e submissão ao mandado de Deus (Veja Lc. 1:34 a 38).
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